Ministério da Saúde garante entrega antecipada de insulina análoga de ação rápida para tratamento de diabetes tipo 1 - FRONT SAÚDE

Ministério da Saúde garante entrega antecipada de insulina análoga de ação rápida para tratamento de diabetes tipo 1

O Ministério da Saúde concluiu a distribuição de mais de 400 mil unidades de insulina análoga de ação rápida, utilizada no tratamento de diabetes tipo 1, antecipando a entrega para evitar o risco de desabastecimento devido à escassez mundial do produto. A compra do medicamento ocorreu após cinco meses de negociação com o setor farmacêutico e duas tentativas frustradas em pregões anteriores.

Essa remessa de 400 mil unidades se soma a outras 1,3 milhão de doses adquiridas emergencialmente, garantindo o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e beneficiando mais de 60 mil pessoas que dependem do atendimento público de saúde.

Enquanto as insulinas regulares mais consumidas, indicadas para pacientes com diabetes tipo 2 e outros tipos, estão com estoque adequado, as insulinas análogas de ação rápida foram incorporadas ao SUS em 2017, após aprovação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC).

O Ministério da Saúde enfrentou dificuldades na compra do medicamento nos últimos anos devido à escassez mundial. Os pregões realizados em agosto de 2022 e janeiro de 2023 não receberam propostas, levando a medidas emergenciais para garantir o abastecimento igualitário nas unidades de saúde. Os estados também foram autorizados a comprar diretamente o insumo, com ressarcimento pelo governo.

Para evitar o desabastecimento, o Ministério da Saúde adotou diversas medidas, incluindo a realização de aquisição emergencial internacional, a compra regular do medicamento com registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o levantamento e remanejamento dos estoques em parceria com os estados.

Além disso, foram realizadas reuniões com especialistas da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para monitorar a situação e buscar alternativas conjuntas para evitar o desabastecimento. O Ministério da Saúde também está elaborando estratégias para fortalecer o Complexo Industrial da Saúde no Brasil, apoiando a produção nacional desses medicamentos e garantindo a autonomia do país e o abastecimento do SUS.