Nova portaria do Ministério da Saúde amplia atendimento para doenças do coração - FRONT SAÚDE

Nova portaria do Ministério da Saúde amplia atendimento para doenças do coração

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou na última terça-feira (7), uma portaria que amplia a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio, em um evento no Hospital InCor, em São Paulo.

Segundo o ministro, o controle epidemiológico da pandemia de covid-19 fez com que as doenças cardiológicas passassem a ser as principais causas de morte entre os brasileiros. Para ele, o novo coronavírus contribuiu para o aumento de doenças do coração.

Com a nova portaria, a linha de cuidado de atenção para doenças do coração auxilia em inovações que já existem, como o tratamento pré hospitalar. “Já existia, mas não funcionava de maneira adequada. Vamos ampliar em três vezes o investimento em trombolitíco [medicamento para dissolver coágulos]”, esclareceu o ministro.

Ainda, segundo ele, a rapidez no atendimento aos pacientes vai ser priorizada. “Ainda tem pacientes que chegam aos hospitais tardiamente, mesmo que o hospital tenha logística [para atendimento]”, disse. Serão criados novos leitos coronarianos e uma parceria com as universidades públicas vai permitir que especialistas auxiliem, por telecardiologia, os médicos em atendimento.

Também foi feita pelo ministério um realinhamento de preços dos materiais usados. “É um dever do ministro corrigir essas distorções e realocar os recursos de maneira apropriada”, disse Queiroga.

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Celso Amodeo, declarou que a portaria “é um marco dentro do atendimento”. “O projeto vem para uniformizar o atendimento básico”, enfatizou. O médico explicou que quanto mais precoce o diagnóstico para a intervenção médica na doença, as chances de morte diminuem.

Para o presidente do conselho diretor do InCor, Roberto Kalil Filho, a pandemia foi uma tragédia com milhares de vítimas, mas o infarto também é alta causa de mortes há décadas. “Um programa como este salvará milhares de vidas”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil