Linfoma não-Hodgkin: O câncer que atingiu o sambista Jorge Aragão é mais comum em homens com mais de 60 anos. - FRONT SAÚDE

Linfoma não-Hodgkin: O câncer que atingiu o sambista Jorge Aragão é mais comum em homens com mais de 60 anos.

Jorge Aragão, de 74 anos, um dos mais importantes sambistas do Brasil, está fazendo tratamento contra um tipo de câncer chamado linfoma não-Hodgkin. O diagnóstico foi anunciado pela assessoria do artista no último dia 15 de julho.

O linfoma não-Hodgkin é um câncer no sangue, mas, diferentemente da leucemia, que atinge a medula óssea, afeta os vasos e gânglios responsáveis pela defesa do corpo humano. Por se tratar de um tipo de câncer que afeta o sistema linfático, presente em quase todos os órgãos do corpo humano, as pessoas devem ficar atentas a qualquer tipo de alteração corporal. A doença pode se manifestar em diferentes áreas, sem caracterizar metástase. “Ao contrário do câncer de mama, em que o nódulo na mama só pode ser percebido pelo toque em estágios mais avançados, uma íngua ou inchaço em um gânglio pode ser o primeiro sinal do linfoma, ainda no início”, explica a hematologista Camila Marca. O autoexame deve ser feito principalmente nas áreas do pescoço, axilas e virilha, onde as ínguas são mais comuns.

A médica explica que é importante não desvalorizar os sinais que o corpo nos dá e procurar um médico quando perceber qualquer alteração, para ter um diagnóstico precoce. “Quanto antes se detectar o linfoma, maiores são as chances de remissão completa. Hoje, se recém- diagnosticado, o paciente com linfoma tem até 80% de chances de cura”, destaca a hematologista.

Prevalência em homens – Esse tipo de câncer, que atinge o sistema imunológico, ainda que seja o tipo de câncer mais incidente em crianças, se torna mais comum com o envelhecimento e atinge homens com maior frequência. O Inca estima que entre 2023 e 2025, o Brasil vai registrar a cada ano cerca de 12.040 novos casos, sendo 6.420 em homens e 5.620 em mulheres. Por razões ainda desconhecidas, o número de casos duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos

Fatores de risco – Há alguns fatores de risco que podem facilitar a ocorrência da doença, como sistema imune comprometido por doenças ou vírus, exposição a agrotóxicos e outras substâncias químicas e exposição o a altas doses de radiação.
Sintomas – O diagnóstico precoce da doença é um dos pontos cruciais para obter sucesso no tratamento. Para isso, é importante identificar sintomas que possam indicar a ocorrência do linfoma não Hodgkin.

O corpo humano possui estruturas chamadas “gânglios”, uma espécie de nódulo do sistema de defesa, responsável por “filtrar” substâncias que podem fazer mal ao organismo. Eles se localizam em regiões como pescoço, virilha e axilas. Um dos sintomas do linfoma não Hodgkin é o aumento de dessas estruturas. Além disso, sintomas comuns são suor noturno excessivo, febre, coceira na pele e perda de peso sem causa aparente.

Tratamento – O tratamento depende do tipo de linfoma não Hodgkin, mas os tipos mais indicados são a quimioterapia, a imunoterapia e a radioterapia. O transplante de medula óssea só é indicado quando o paciente não responde bem a esses tratamentos.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação