Autismo não é doença, mas sim, diferença. - FRONT SAÚDE

Autismo não é doença, mas sim, diferença.

O Autismo, também tratado como Transtorno do Espectro Autista (TEA), reúne uma série de desordens no desenvolvimento neurológico desde o nascimento da criança ou início da infância.

Segundo especialistas do assunto, os autistas podem apresentar déficit na comunicação/interação social e reciprocidade emocional. Tendo fixos neste transtorno: Autismo Infantil Precoce, Autismo Atípico, Autismo de Kanner, Transtorno Desintegrativo da Infância e Síndrome de Asperger.

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge 1 em cada 160 crianças no mundo. No Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de autistas. O diagnóstico ocorre geralmente entre os 2 anos e meio a 3 anos, e não existe cura para essa condição.

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5), a pessoa que apresenta o transtorno pode manifestar diversos comportamentos incomuns, como por exemplo: movimentos contínuos e repetitivos, interesses fixos, hiperatividade e em alguns casos, atrasos na fala e do desenvolvimento cognitivo.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta o comportamento do indivíduo e os primeiros sinais podem ser notados ainda quando são bebês, sendo que todo este transtorno será levado para o resto da vida, tornando possível apenas o tratamento psicológico para a melhoria de vida.

São três as  fases do autismo:

– Alta funcionalidade: o portador apresenta prejuízos leves, que não os impedem de estudar, trabalhar ou se envolver em relacionamentos. Um desses casos é a Síndrome de Asperger;

– Média funcionalidade: tem menor grau de independência e necessita de auxílio para atitudes cotidianas como tomar banho ou comer;

– Baixa funcionalidade: apresenta dificuldades graves e necessita de apoio especial para o resto da vida.

Pesquisadores e entidades ligadas ao Autismo alertam aos pais e familiares que observem comportamentos atípicos e recorrentes, pois, muitas pessoas tendem a negligenciar sintomas e taxar o indivíduos de “estranho”, e com isso, os portadores podem se sentir reprimidos pela sociedade, causando consequências como preconceito, bullying e exclusão e até mesmo suícidio. 

Não existe uma cura, pois o autismo não é uma doença, é uma diferença, e as intervenções ajudam a desenvolver e aprimorar repertórios importantes que vão auxiliar os indivíduos no espectro a terem melhores condições para interações sociais e habilidades para atingir o máximo de independência possível e qualidade de vida.

Os portadores do espectro autista gozam de direitos como mais inclusão social e benefícios com a Carteira de Identidade (RG) Especial do Autismo; o passe livre de ônibus; e dependendo da renda familiar muitos recebem auxílio do governo. Além disso, nas escolas existe o direito de ter um acompanhamento especializado e, uma das mais recentes conquistas é o direito à vaga de estacionamento em locais públicos (com mais fácil acesso), além da prioridade em filas. 

Fabíola XXX, advogada, é mãe de Lucas e lida com o transtorno do espectro autista desde XXX .