O HIV já foi considerado uma sentença de morte. A doença só foi identificada em 1981 e o primeiro medicamento, o AZT, liberado apenas sete anos depois. As pesquisas sobre o vírus avançaram e após 40 anos, o tratamento traz mais qualidade de vida aos portadores do vírus e a possibilidade da não transmissão.
Hoje, as pessoas vivendo com HIV que seguem o tratamento corretamente, conseguem alcançar o nível indetectável. Para negativar a carga viral, no entanto, o paciente precisa aderir ao tratamento, que segue com avanços desde a década de 90.
Atualmente, o coquetel antirretroviral é uma combinação de três medicações e tem menor toxicidade ao paciente. Além disso, é indispensável manter um acompanhamento regular com o médico e seguir o tratamento sem interrupções e falhas, evitando que o vírus fique resistente.
A possibilidade de parar a transmissão faz com que muitos soropositivos sigam o tratamento de forma correta. De acordo com o estudo Positive Perspective, os pacientes diagnosticados que receberam a informação de como ficar com vírus indetectável aumentaram em 80% a adesão ao tratamento em comparação aos que não seguem.
A carga viral indetectável no organismo também ajuda o paciente com HIV a recuperar seu sistema imunológico. As chances de recuperar a imunidade são maiores quando o paciente inicia imediatamente o tratamento. A precocidade também evita que o soropositivo desenvolva a Aids —sigla em inglês para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, doença que ataca o sistema imunológico e deixa o organismo vulnerável à doenças.
Cerca de 1,8 milhão de pessoas são infectadas a cada ano no mundo, segundo estimativas da Unaids, o programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids. No Brasil, são 40 mil novos casos por ano, ou um a cada 15 minutos. A taxa de detecção é estimada em 18,5 casos por 100 mil habitantes. A prevalência média do HIV na população é de 0,4%, segundo o Ministério da Saúde.
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