Inquietação, movimentação pelo ambiente, mexer em vários objetos e dificuldade de permanecer atentos em atividades longas. Esses são alguns dos primeiros sinais de alerta que podem caracterizar Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Segundo Ministério da Saúde, acredita-se que em torno de 60% das crianças e adolescentes com TDAH entrarão na vida adulta com alguns dos sintomas de desatenção e hiperatividade/ impulsividade, porém em menor número.
O professor da Universidade Federal do Pará e PhD em Psicologia, Janari Pedrosos, explica que o transtorno se manifesta pelo comportamento. “O TDAH é um transtorno neurobiológico com determinantes genéticos que manifestam no comportamento sintomas característicos de hiperatividade, déficit de atenção, impulsividade que se manifestam na criança e acompanham toda a trajetória de vida”, afirmou.
O diagnóstico ajuda a identificar o transtorno na criança e adulto, segundo o professor. “O diagnóstico é clínico, mas normalmente existem exames complementares, avaliação psicológica com usos de testes psicológicos ou neuropsicológicos para avaliar atenção, concentração. Exame neurológico para excluir outros problemas no diagnóstico diferencial, psiquiátrico para avaliar comorbidades: ansiedade, depressão entre outras”, explicou.
Normalmente na escola os sintomas são mais visíveis, avalia o especialista. “Esses comportamentos interferem na aprendizagem. No adulto, referem que as dificuldades interferiram no período escolar. Muitos adultos se reconhecem nós sintomas. É recomendado procurar psicólogos, neurologista e ou psiquiatras para o diagnóstico”, esclareceu Janari.
O tratamento deve ser feito de forma multidisciplinar e com auxílio de remédios. “Existe tratamento, uso de medicamentos e psicoterapia com orientação familiar e na escola. Normalmente os pacientes reagem bem o tratamento com melhora significativa no desempenho acadêmico e em casa”, concluiu.
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