A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) caracteriza o sarampo como uma doença grave e altamente contagiosa causada por um vírus. Historicamente, a imunização foi introduzida no ano de 1963 e, antes disso, a cada dois a três anos aconteciam epidemias de sarampo, chegando a totalizar 2,6 milhões de mortes ao ano, conforme dados divulgados pela OPAS.
O último surto aconteceu no ano de 2019 e segundo o Ministério da Saúde, foram contabilizados 18.203 casos e 15 mortes.
Recentemente, o Brasil registrou novos casos da enfermidade e as autoridade médicas começaram a ficar preocupadas. Somente nesta segunda-feira, 18, São Paulo registrou dois casos, sendo um na capital e outro na cidade de na cidade de São Vicente, litoral do estado.
Apesar da aflição, a infectologista Rita Medeiros contou que o sarampo é imunoprevenível, ou seja, pode ser ser evitada com vacina. No entanto, ela afirma que precisa do interesse público para o combate contra a mazela. “Os pais precisam assumir o compromisso de levar os seus filhos para se vacinar e, posteriormente, receber os reforços necessários”, admitiu.
O Ministério da Saúde iniciou a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza e o Sarampo no início de abril, somando mais de 80 milhões de doses.
Por outro lado, mesmo com todo trabalho, o sarampo continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças pequenas em todo o mundo, é o que afirma pesquisas do OPAS.
Além disso, a especialista esclarece os sintomas são manifestados com febre, conjuntivite, tosse, coriza e as manchas na pele, chamadas de exantema. “Quem estiver com suspeita necessita de isolar, usar máscaras e procurar atendimento médico. Cerca de 30% dos doentes podem ter complicações, especialmente em crianças abaixo dos cinco anos de idade”, destacou.
De 2000 à 2017, as vacinas impediram mais de 21 milhões de mortes no país.
*Texto Saul Anjos
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