Felipe Simas alerta após diagnóstico de neurite óptica
Ator Felipe Simas
Ator Felipe Simas

Felipe Simas alerta após diagnóstico de neurite óptica

Felipe Simas, ator de 31 anos, surpreendeu seus seguidores nesta segunda-feira (29) ao compartilhar em suas redes sociais um momento pessoal e desafiador: o diagnóstico de neurite óptica. Esta condição, uma rara inflamação do nervo óptico, pode ser um indício precoce de uma doença autoimune que afeta o sistema nervoso central.

DESCOBERTA E DESAFIOS DA NEURITE

O artista, hospitalizado em janeiro deste ano devido à condição, detalhou a descoberta da neurite e seus desafios enfrentados desde então.

“Hoje, vim compartilhar com vocês um momento que afetou nossas vidas de forma inesperada. Eu, Felipe Simas, fui diagnosticado e enfrentei a neurite óptica, uma condição que pode ser um dos primeiros sinais da doença do espectro da neuromielite óptica (NMOSD) — uma doença autoimune rara que afeta o sistema nervoso central, principalmente o nervo óptico e a medula espinhal”, explicou na legenda.

O ator descreveu o desconcertante desafio de lidar com sintomas como perda de visão e dor ao mover os olhos. Essas sensações, segundo ele, agiram como um alarme interno, indicando que algo não estava correto. A busca por ajuda médica tornou-se crucial, oferecendo a ele a compreensão inicial do que estava acontecendo.

A IMPORTÂNCIA DA ATENÇÃO AOS SINAIS DO CORPO

“Minha jornada destacou a importância de não ignorar os sinais que nosso corpo nos dá. É vital prestar atenção imediata a esses sintomas e buscar um diagnóstico correto”, enfatizou Simas.

A AMEAÇA SILENCIOSA QUE OBSCURECE A VISÃO

A neurite óptica é uma condição ocular que aflige principalmente adultos jovens, com maior incidência entre os 20 e os 40 anos. Enquanto a esclerose múltipla figura como a causa mais comum, outras origens podem desencadear esse distúrbio visual intrigante. Embora muitos casos permaneçam envoltos em mistério quanto à sua origem, várias condições e fatores desempenham um papel nesse quadro clínico.

CAUSAS E GATILHOS

Para muitos pacientes, a esclerose múltipla emerge como o protagonista por trás da neurite óptica. No entanto, essa condição oftalmológica também pode ser desencadeada por uma série de outras causas, incluindo:

  • Neuromielite Óptica (NMO)
  • Doença associada aos anticorpos antiglicoproteína da mielina de oligodendrócitos (MOGAD)
  • Infecções virais e bacterianas
  • Reações adversas a medicamentos
  • Doenças autoimunes

Embora muitos casos permaneçam sem uma causa identificável, a busca por respostas continua a desafiar médicos e pesquisadores.

SINAIS E SINTOMAS

A neurite óptica se manifesta principalmente como uma perda de visão, podendo variar de leve a grave, afetando um ou ambos os olhos. A deterioração da visão pode ocorrer rapidamente ao longo de vários dias, com a acuidade visual oscilando entre níveis normais e completa cegueira. Além disso, a percepção das cores pode ser comprometida, e muitos pacientes experimentam desconforto ocular, especialmente ao mover os olhos.

DIAGNÓSTICO E INVESTIGAÇÃO

O diagnóstico da neurite óptica envolve uma avaliação minuciosa, frequentemente incluindo exames oftalmológicos e, em muitos casos, ressonância magnética. A observação do disco óptico e a análise dos campos visuais podem fornecer pistas cruciais. A ressonância magnética, por sua vez, pode revelar evidências de condições subjacentes, como esclerose múltipla ou outras doenças autoimunes.

OPÇÕES DE TRATAMENTO

O tratamento da neurite óptica pode envolver o uso de corticosteroides, administrados por via intravenosa ou oral, para reduzir a inflamação e acelerar a recuperação. Em casos graves e refratários, a plasmaferese pode ser considerada. Além disso, o tratamento da condição subjacente, seja ela esclerose múltipla, NMO ou outra patologia, é fundamental para uma abordagem abrangente.

VIVENDO COM NEURITE ÓPTICA

Embora a recuperação visual seja possível em muitos casos, alguns pacientes podem experimentar episódios recorrentes de neurite óptica. Dispositivos de assistência, como lentes de aumento e relógios com voz, podem oferecer suporte às pessoas com perda de visão, ajudando-as a enfrentar os desafios do dia a dia.

UMA VISÃO ABRANGENTE SOBRE TRANSTORNO DO ESPECTRO DE NEUROMIELITE

O transtorno do espectro de neuromielite óptica (NMOSD) é uma condição neurológica complexa que vem desafiando a compreensão médica há anos. À primeira vista, pode parecer uma variante da esclerose múltipla (EM), mas suas características distintas revelam uma condição única, com sintomas que impactam diretamente a visão e a mobilidade dos pacientes.

NMOSD VS. EM: IDENTIFICANDO AS DIFERENÇAS

Enquanto a EM afeta predominantemente o cérebro, o NMOSD tem sua mira nos olhos e na medula espinhal. Esta diferença crucial não só influencia os sintomas, mas também os riscos associados à incapacidade. O risco de tornar-se incapacitado é significativamente maior no NMOSD do que na EM, destacando a importância da detecção precoce e do tratamento adequado.

O PAPEL DO SISTEMA IMUNOLÓGICO: UMA AUTOIMUNIDADE DESCONTROLADA

O NMOSD não é apenas uma questão neurológica, mas também uma doença autoimune. Neste cenário, o sistema imunológico do corpo trava uma batalha interna, atacando seus próprios tecidos. Proteínas como a aquaporina 4 e a glicoproteína da mielina de oligodendrócitos tornam-se alvos, desencadeando processos inflamatórios e resultando na desmielinização, característica marcante desta condição.

DA VISÃO TURVA À FRAQUEZA MUSCULAR

Os sintomas do NMOSD podem se manifestar de várias formas, desde neurite óptica, causando dor e perda de visão, até fraqueza muscular, incontinência urinária e fecal, e até mesmo dificuldade respiratória, representando uma ameaça à vida. Esta complexidade sintomática torna essencial uma avaliação médica completa para um diagnóstico preciso.

DESVENDANDO O MISTÉRIO POR TRÁS DOS SINTOMAS

O diagnóstico do NMOSD requer uma abordagem abrangente, que inclui avaliação neurológica, exames de imagem como ressonância magnética e testes específicos como respostas visuais evocadas e exames de sangue para detectar anticorpos específicos. Estes passos são essenciais para distinguir o NMOSD de outras condições neurológicas, como a EM.

GERENCIANDO OS DESAFIOS DO NMOSD

Embora não haja cura para o NMOSD, há opções de tratamento que podem controlar os sintomas, prevenir recorrências e retardar a progressão da doença. Corticosteroides, troca de plasma e medicamentos imunossupressores são frequentemente utilizados para interromper os episódios agudos e controlar a inflamação. Novas terapias direcionadas, como o uso de anticorpos monoclonais, mostram promessas adicionais no tratamento do NMOSD.

Fonte: Quem, Manual MSD 01 e 02