Excesso de informação pode causar Síndrome do Pensamento Acelerado - FRONT SAÚDE

Excesso de informação pode causar Síndrome do Pensamento Acelerado

Ansiedade, dificuldade de concentração, lapsos de memória e cansaço excessivo. Você sente todos esses sintomas? Fique em alerta. Essas são as principais características de uma pessoa com Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). A rotina frenética do cotidiano e o grande acesso a informações pela internet são alguns dos fatores que potencializam esse quadro.

A síndrome surge em pessoas que precisam se manter em constante alerta e que lidam com um alto nível de pressão, comum entre executivos, professores, jornalistas. De acordo com o Instituto Augusto Cury, cerca de 80% da população é atingida no Brasil.

De acordo com a psicóloga e psicanalista Patrícia Nunes a síndrome é caracterizada como uma fase do transtorno de ansiedade. “O que se pode dizer do pensamento acelerado é que é algo da modernidade, com excesso de informações e redes sociais. Há também as condições que o trabalhador vive, muitos trabalham muito, precisando dar conta da vida pessoal e profissional”, afirmou.

Outras manifestações como queda de cabelo, gastrite e úlcera também são possíveis de se manifestar, segundo a psicanalista. “O tratamento é definido de acordo a partir do diagnóstico, que é feito por um médico, psicólogo ou médico-psiquiatra. É por meio desses profissionais que vai se ver o nível de estresse e de pensamento acelerado e comprometimento que esteja causando na saúde. Outros sintomas como intolerância, alterações de humor também são sintomas que podem ser observados no paciente. Essa soma de sintomas, pode gerar consequências no corpo como dores de cabeça, dores musculares ou queda de cabelo”, elencou.

Pessoas que são extremamente ocupadas e que não conseguem administrar o tempo são as mais propensas a desenvolver esse tipo de comportamento, segundo Patrícia. “Geralmente essas pessoas acham que 24h é pouco para fazer tudo o que acha que precisa. Em casos mais evoluídos, é indicado que se faca um tratamento conjugado, psiquiátrico, que vai possibilitar o uso de medicação, e de psicoterapia, que vai analisar as questões que estejam relacionado a manifestação dessa síndrome”, esclareceu.

Quanto mais rápido o paciente procurar ajuda profissional, mais rápida será a estabilização do paciente, sem que chegue ao nível grave, de acordo com a psicóloga. “Nas primeiras manifestações é importante procurar ajuda psicoterapêutica ou psicoanalítica para não precisar chegar a um nível de ser medicado, pois quando o tratamento pode ser feito sem a intervenção do remédio, melhor para o paciente e mais rápido pode ser o processo de recuperação”, concluiu Patrícia.