Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a enurese é definida como perda involuntária de urina durante o sono em crianças com mais de cinco anos. Essa condição apresenta a incontinência urinária, na ausência de distúrbios neurológicos congênitos ou adquiridos. Entre os fatores dessa causa está a hereditariedade. Um dado da SBP revela que, quando um dos pais apresentou a enurese, 44% dos filhos têm a possibilidade de ser enuréticos, enquanto quando os dois pais foram enuréticos, a problema pode ocorrer em 77% dos filhos.
O cirurgião e urologista pediátrico Fábio Soares explica que essa condição acontece com mais frequência em meninos e em alguns casos por predisposição genética, mas conta que há outras causas. “Sua causa geralmente se dá por uma bexiga menor ou por uma demora maior na passagem dos músculos que controlam a abertura e o fechamento da bexiga, e, mais raramente, pode estar associada a fatores emocionais”, afirma.
De acordo com o médico, está entre 10% e 15%, o número de crianças que apresentam enurese aos sete anos de idade, mas diminui progressivamente com o passar da idade, chegando até 0,5% aos 16 anos. A condição depende da causa, pois, não existe uma idade predominante para que ela possa acontecer, porém, é mais comum acontecer em meninos até os 15 anos. Aproximadamente, 15% das crianças aos cinco anos sofrem com enurese noturna. A cada ano de amadurecimento, 15% dos casos apresentam solução. Contudo, 8% dos meninos de 12 anos e 4% das meninas de 12 anos ainda apresentam o problema.
O especialista explica como os pais podem prevenir a enurese infantil, além de destacar as principais orientações para as crianças que apresentam essa condição:
- Limitar a quantidade de líquidos que a criança ingere a noite;
- Fisioterapia para fortalecer os músculos da bexiga;
- Procurar um Uropediatra alinhado a uma equipe multidisciplinar para o diagnosticar a enurese infantil e indicar o tratamento adequado.
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