Entenda os riscos da automedicação para combater o vírus da gripe - FRONT SAÚDE
Closeup view of pharmacist hand taking medicine box from the shelf in drug store.

Entenda os riscos da automedicação para combater o vírus da gripe

A procura de remédios para tratar a gripe vem aumentando com o surto de gripe em todo o país. Entre os medicamentos mais procurados, o Oseltamivir, popularmente conhecido como Tamiflu, capaz de atuar contra o vírus da Influenza. Porém especialistas alertam: só deve ser usado em casos bem específicos de gripe e com orientação médica.

O Tamiflu tem como princípio ativo o fosfato de oseltamivir. Diferente dos antigripais que são vendidos para aliviar sintomas como febre e mal-estar, esse é um antiviral, que age contra o vírus da gripe. O medicamento necessita de prescrição médica e só pode ser usado em casos graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou por pacientes considerados do grupo de risco que apresentem síndrome gripal.

Em dezembro de 2021, a Secretaria de Saúde do Estado do Pará (Sespa) anunciou, mais de 40 casos da influenza H3N2, nova variante, foram confirmados em Belém. Os pacientes foram testados na última semana. As amostras foram analisadas pelo LACEN-PA. A Sespa orientou, ainda, que a população deve manter as medidas preventivas como distanciamento, não aglomeração, uso de máscaras e lavagem constante das mãos.

No sistema público de saúde, o Tamiflu é disponibilizado por meio de prescrição médica a imunodeprimidos, gestantes e idosos que apresentam síndromes gripais, independente da confirmação ou não para Influenza. O secretário de Saúde, contudo, alertou para a necessidade de uma prescrição criteriosa do medicamento.

De acordo com o infectologista Carlos Urbano, o uso sem necessidade do medicamento pode levar a uma resistência viral, além do desabastecimento acelerado nas unidades de saúde e farmácias. Com isso, pacientes com real necessidade do remédio podem ficar sem, e ter o caso de gripe agravado. “Se todo mundo que achar que está com gripe, tomar, vai fazer o vírus ficar resistente e depois o remédio não vai funcionar. E vai faltar para quem precisa. É um medicamento antiviral, que só pode ser tomado sob orientação médica e não pode ser prescrito para todo mundo”, concluiu.

Fonte: A Gazeta