COP28: sinaliza transição energética, mas saúde corre riscos
Evento de encerramento da COP 28 em Dubai
Evento de encerramento da COP 28 em Dubai

COP28: sinaliza transição energética, mas saúde corre riscos

A recente COP28, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, deixou um sinal claro: a necessidade de transição dos combustíveis fósseis. No entanto, o texto final não elimina completamente a queima dessas substâncias. Mas por que isso afeta sua saúde? Vamos explorar essa conexão nesta edição.

Emissões e aquecimento global

É crucial conter as emissões de gases para alcançar as metas do Acordo de Paris e limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

Impactos na saúde em quatro pontos

  • Gases Poluentes: Estudos recentes associam a inalação de gases provenientes da queima de combustíveis fósseis a um aumento nas taxas de mortalidade nas últimas décadas.
  • Calor Extremo: 2023 caminha para se tornar o ano mais quente, trazendo riscos à saúde, especialmente para crianças e idosos, incluindo problemas cardíacos, renais e desidratação.
  • Desastres Naturais: Temperaturas mais elevadas intensificam eventos climáticos extremos, como chuvas fortes e secas prolongadas, impactando áreas urbanas e rurais.
  • Desequilíbrio Ambiental: O aumento do calor ameaça até um quinto das espécies de vertebrados, afetando a produção de alimentos e ampliando a propagação de doenças transmitidas por mosquitos.

Impacto na saúde pública brasileira

A desigualdade social no Brasil acentua o impacto das mudanças climáticas na saúde. Estudos indicam que arboviroses, como dengue e malária, podem se proliferar, afetando especialmente regiões Norte e Nordeste.

Vetores mais resistentes

Os mosquitos e pernilongos adaptam-se melhor às mudanças climáticas, tornando-se mais resistentes e ampliando a transmissão de doenças como dengue, chikungunya e zika.

Maior risco de mortalidade

Doenças respiratórias, cardiovasculares e renais devem aumentar com o acréscimo de temperatura, colocando a população em maior risco de internações e mortes.

Outras doenças em ascensão

Desastres climáticos propiciam condições para doenças infecciosas e parasitárias, como leptospirose, esquistossomose e diarreias.

Ação e reação

Especialistas enfatizam a necessidade urgente de ações para mitigar as mudanças climáticas. O impacto na saúde está intrinsecamente ligado à agressão ao meio ambiente, demandando esforços governamentais e sociais.

As mudanças climáticas não são apenas uma questão ambiental, mas um desafio à saúde e à sociedade todo. É imperativo entender a gravidade e preparar serviços de saúde e planejamento urbano para enfrentar as novas demandas, garantindo a adaptação a um futuro climático incerto.

Fontes: Folha de São Paulo e BBC