O aumento preocupante de casos afeta principalmente África Oriental e Austral
O início de 2024 é marcado por um cenário alarmante no combate à cólera, com mais de 667 mil casos e mais de 4 mil mortes globalmente no último ano, conforme relatos de agências da ONU.
As nações da África Oriental e Austral lideram as estatísticas, respondendo por aproximadamente 75% das mortes e um terço dos casos, a partir de 15 de janeiro, segundo o UNICEF. A região enfrenta não apenas a disseminação rápida do surto, mas também desafios relacionados à falta de água potável, saneamento inadequado e gestão deficiente dos casos, tornando as crianças particularmente vulneráveis.
Diretora da UNICEF para a África Oriental e Austral, Etleva Kadilli, ressalta a urgência de investimentos em sistemas robustos para abordar as raízes da cólera, enfatizando a melhoria do acesso à água potável, saneamento, higiene, mudança de comportamento social e gestão de casos.
Kadilli destaca ainda os impactos agravados das mudanças climáticas, alertando para a perda de aprendizagem entre as crianças. Sublinha a necessidade de uma resposta não apenas rápida, mas que considere o bem-estar a longo prazo, especialmente com o início do novo ano escolar em muitos países da região.
Enquanto isso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica o ressurgimento global da cólera como uma “Emergência de Grau 3” desde há um ano. A agência destaca o aumento do número de casos notificados em 2023, superando os registros de 2022.
A OMS está atualmente revisando sua resposta global à cólera, visando identificar lições cruciais e fazer ajustes baseados em evidências para coordenar melhor as atividades nos próximos meses. Devido ao grande número de surtos e sua expansão geográfica, a OMS mantém o risco global como “muito elevado”.
Os surtos mais mortais foram registrados no Malawi, África Austral, e no Haiti, nas Caraíbas. Até 15 de dezembro de 2023, 1.771 pessoas morreram no Malawi, enquanto 1.156 sucumbiram no Haiti. Na África, a República Democrática do Congo, Zimbabué, Moçambique, Burundi e Zâmbia continuam a enfrentar surtos ativos.
No Afeganistão, apesar do maior número de casos suspeitos e/ou confirmados, os relatórios são interpretados com cautela devido ao sistema de vigilância diferenciado.
A situação exige ação urgente e coordenada globalmente para conter a disseminação da cólera, protegendo especialmente as crianças vulneráveis em meio a esta crise de saúde pública.
Fonte: Nações Unidas
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