Um avanço significativo na pesquisa biomolecular realizado no Laboratório de Estrutura e Função de Biomoléculas do Instituto Butantan promete transformar a abordagem aos cuidados com a pele e tratamentos médicos.
O estudo, intitulado “Emprego da hialuronidase como ferramenta de screening para a identificação de peptídeos com potencial biotecnológico a partir do colágeno hidrolisado,” identificou peptídeos capazes de inibir e ativar a ação da hialuronidase, enzima responsável por degradar o ácido hialurônico, substância vital para a firmeza da pele.
Os resultados iniciais dos testes revelaram a presença de peptídeos inibidores da hialuronidase, com potencial para tratar rugas na pele e lesões na cartilagem. Além disso, peptídeos ativadores foram identificados, oferecendo perspectivas promissoras no tratamento de hematomas. Embora o projeto de Iniciação Tecnológica esteja em estágio inicial, os resultados primários indicam um futuro promissor para aplicações estéticas e médicas.
O estudante de Medicina, Caio Mendes, autor do estudo, destaca possíveis aplicações futuras: “Se a nossa hipótese se confirmar, poderíamos pensar em um creme antienvelhecimento e mesmo em medicamentos com potencial para tratar algumas condropatias.” A pesquisa, orientada pela cientista Fernanda Portaro e pelo professor Bruno Duzzi, já conquistou o primeiro lugar no 5º Encontro dos Alunos de Iniciação Científica e Inovação Tecnológica da Escola Superior do Instituto Butantan.
A pesquisadora enfatiza a segurança potencial desses peptídeos como agentes terapêuticos, pois são naturais e derivados do próprio colágeno humano. Esse fator é crucial para garantir a ausência de toxicidade às células humanas.
A pesquisa surge em resposta às mudanças naturais no corpo humano relacionadas ao envelhecimento, onde a produção de colágeno e ácido hialurônico diminui gradualmente. Estima-se que a perda de colágeno seja de 1% ao ano a partir dos 23 anos, abrindo espaço para procedimentos estéticos. A hialuronidase, usada para reverter preenchimentos de ácido hialurônico, torna-se crucial nesse contexto.
O estudo também destaca a inusitada utilização do veneno de escorpião como fonte de hialuronidase. A equipe do Instituto Butantan utilizou o veneno como “anzol” e o colágeno hidrolisado como “fonte de peixes,” revelando resultados promissores na inibição da ação da enzima.
A próxima fase da pesquisa visa selecionar os peptídeos mais promissores para síntese e testes in vitro e in vivo. Bruno Duzzi explica: “Queremos selecionar duas moléculas para serem sintetizadas, uma que está inibindo e outra que está aumentando a atividade da hialuronidase.”
O estudo, financiado pelo CNPq e pela Fundação Butantan, representa um passo significativo no avanço da pesquisa biomolecular, trazendo esperança para novas abordagens nos cuidados com a pele e tratamentos médicos.
Fonte: Butantan
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