A aplicação da vacina CoronaVac em crianças a partir de seis anos de idade foi aprovada na última segunda-feira (06) pelo Instituto de Saúde Pública. O Chile se tornou o terceiro país a liberar a vacina na infância desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac. A China e a Indonésia foram os primeiros a iniciar a vacinação em crianças. O intuito dessa medida é ampliar a imunização no país que já apresenta o mais alto índice de vacinação da América do sul se tornando uma das maiores do mundo.
“Essa é uma ótima notícia para crianças em idade escolar e as que não foram incluídas nos planos de vacinação anteriores”, disse o ministro da Saúde chileno, Enrique Paris. O início da vacinação está previsto ainda para o mês de setembro.
A aprovação da vacinação na infância foi decidida entre 7 especialistas do painel de avaliação. Destes, cinco votaram a favor para liberar a vacina em crianças com mais de seis anos, dois votaram a favor da aplicação apenas a partir dos 12 anos e um votou contra a vacinação infantil. O especialista que votou contra alegou que ainda não existem evidências suficientes sobre a vacina nessa faixa etária. Anteriormente, a única vacina que tinha seu uso permitido até a decisão do governo na última segunda era a Pfizer-BioNTech, porém, a idade mínima permitida para seu uso era a partir dos 12 anos.
A principal vacina utilizada na campanha de imunização do Chile é a CoronaVac, que já imunizou 13 milhões dos 19 milhões de habitantes do país. Ao todo, mais de 19 milhões de doses do imunizante chinês foram aplicadas. O país também autorizou a aplicação da terceira dose do imunizante da AstraZeneca para idosos que já receberam as duas doses da CoronaVac.
O Chile vem apresentando uma queda significativa no número de novos casos de Covid-19. O país registrou 435 infecções na última segunda. Ao todo, o país confirmou 1,6 milhões de casos confirmados de Covid-19 e 37.108 mortes.
Em junho, a revista científica The Lancet publicou um estudo em que mostra a segurança e eficácia da vacina Sinovac em crianças a partir dos três anos de idade. No Brasil, a Anvisa não autorizou a solicitação do Instituto Butantan, que é o responsável pela produção e distribuição da CoronaVac no país para o uso emergencial da vacina em crianças e adolescentes. A agência fez a solicitação de mais informações sobre a eficácia e segurança desse imunizante para essa faixa etária. Até a última terça-feira (07), apenas crianças com idade a partir de 12 anos podem ser vacinadas somente com o imunizante da Pfizer-BioNTech.
Fonte: Veja
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