É comum ouvir alguém dizer que sofre com sinusite, e alguns sintomas são considerados clássicos desse problema. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar maiores transtornos a pessoa, como os que possam resultar em casos de cirurgia, por exemplo.
“É a inflamação da mucosa do nariz e dos seios da face”, explica o otorrinolaringologista Guilherme Machado. Pode ser classificada em diversos subtipos, como a sinusite aguda, quando os sintomas persistem por mais de 10 dias com duração até 4 semanas e a crônica, acima de 12 semanas.
Fatores de risco
Guilherme esclarece que existem vários fatores que podem contribuir para o surgimento da sinusite. “Os vírus, como o do resfriado comum, bactérias e fungos, porém, outros fatores também estão associados, como alergias e alterações anatômicas”, detalha.
Sintomas
O médico destaca os principais sintomas da sinusite:
• Obstrução nasal;
• Secreção de pus;
• Perda ou diminuição do olfato;
• Febre;
• Dor de cabeça;
• Dor ou pressão na face.
Guilherme explica que o atraso no diagnóstico e tratamento inadequado pode acarretar complicações, e tornar a doença crônica, assim como o estado imunológico alterado também pode dificultar uma boa resposta ao tratamento.
Formas de prevenção:
• Manter o nariz limpo;
• Evitar locais com poluição e fumaça de cigarro, pois tem a capacidade de irritar as vias aéreas e desencadear processos inflamatórios;
• Ter um controle ideal e adequado dos quadros de alergias principalmente a rinite alérgica;
• Reforçar as defesas imunológicas;
• Pacientes que estiverem em grupo de risco para a gripe devem atualizar o cartão vacinal, já que os quadros gripais têm uma grande relevância na evolução da sinusite;
• Manter consultas de rotina com o otorrinolaringologista para avalições especializadas e seguir corretamente o tratamento e orientações.
Sinusite x outras doenças
O médico lembra que é comum que a sinusite seja confundida com alterações da face e do nariz. “Há pacientes que procuram o otorrinolaringologista com dores de cabeça, como a única queixa, e de maneira errada se relaciona com a sinusite, porém, na investigação se enquadra em um perfil de enxaqueca”.
Ele acrescenta que o mesmo acontece com a rinite alérgica, por ter sintomas como a obstrução nasal, pode levar o paciente a indagar um quadro de sinusite. “O diagnóstico, quando baseado exclusivamente na história clínica do paciente, pode ser bastante difícil, por isso, lançamos mãos de alguns exames para o auxílio e diagnóstico correto, como a endoscopia nasal e a tomografia dos seios da face”.
Tratamento
O especialista fala que o tratamento é feito após uma minuciosa investigação e a correta classificação da sinusite aguda ou crônica. “Geralmente utiliza-se antibiótico para erradicar a bactéria que causa o quadro agudo e prevenir complicações. E utilizamos também a lavagem nasal com soro fisiológico, pois ajuda na drenagem da secreção espessa que geralmente surge nos quadros bacterianos”. E pontua, “corticosteroides, analgésicos e antialérgicos, também são usados no tratamento, a depender do caso”.
Além disso, ele destaca que quando não há resposta com tratamento clínico, o quadro se torna de repetição e ou evoluem para quadros crônicos, em que também pode haver a presença de lesões polipoides em cavidade nasal e seios da face, o paciente evolui para tratamento cirúrgico.
Tem cura?
O otorrino esclarece que a sinusite tem cura se for bem tratada e acompanhada, e existem variados tratamentos e, ainda que, em alguns casos, o problema não possa ser totalmente solucionado, os benefícios para o paciente são muito significativos. “Existem pacientes que tem quadros isolados de sinusite, trata, melhora, acompanha e não tem mais a queixa, desta forma, consideramos ele curado e o acompanhamos. Assim como temos pacientes que fazem diversos tratamentos, inclusive cirúrgico e não evolui com melhora significativa ou tem o retorno de lesões de pólipo, como ocorre nos pacientes crônicos”, finaliza.
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