13,4 milhões de bebês prematuros em 2020: um alerta global - FRONT SAÚDE

13,4 milhões de bebês prematuros em 2020: um alerta global

Estima-se que, em 2020, 13,4 milhões de bebês tenham nascido prematuramente, o que equivale a aproximadamente 1 em cada 10 nascimentos em todo o mundo. Essa informação foi divulgada em um relatório conjunto de agências e parceiros da ONU.

As complicações decorrentes desses nascimentos prematuros resultaram em quase um milhão de mortes infantis no mesmo ano. A má saúde materna e a desnutrição são apontadas como fatores contribuintes para esses números alarmantes.

A prematuridade, sendo a principal causa de morte entre crianças nos primeiros anos de vida, exige uma atenção urgente tanto no aprimoramento dos cuidados prestados aos bebês prematuros quanto na prevenção, com foco especial na saúde e nutrição materna.

Além disso, o nascimento prematuro aumenta significativamente o risco de doenças graves, incapacidades, atrasos no desenvolvimento e até doenças crônicas na vida adulta, como diabetes e problemas cardíacos.

Durante a última década, as taxas de nascimentos prematuros não apresentaram redução significativa em nenhuma região do mundo, com uma taxa global anual de redução de apenas 0,14% entre 2010 e 2020. Os bebês prematuros requerem cuidados especiais devido à sua vulnerabilidade a complicações graves e potencialmente fatais, conforme destacado pelo Dr. Anshu Banerjee, Diretor de Saúde e Envelhecimento Materno, Neonatal, Infantil e Adolescente da OMS.

Um estudo intitulado “Estimativas nacionais, regionais e globais de nascimento prematuro em 2020, com tendências de 2010: uma análise sistemática” revelou disparidades significativas entre regiões e países.

Mais de 65% dos nascimentos prematuros ocorreram na África Subsaariana e no sul da Ásia, onde mais de 13% dos bebês nasceram prematuros. Em países como Bangladesh, Malawi e Paquistão, as taxas de nascimentos prematuros são três a quatro vezes mais elevadas do que em países menos afetados, como Sérvia, Moldávia e Cazaquistão.

É importante ressaltar que o problema dos nascimentos prematuros não está limitado a países de baixo e médio rendimento, uma vez que taxas de 10% ou mais também são observadas em países de alto rendimento, como Grécia e Estados Unidos da América.

O relatório destaca a urgência de investimentos significativos em serviços que apoiem as mulheres e suas famílias, bem como uma ênfase maior na prevenção, incluindo o acesso a cuidados de saúde de qualidade antes e durante a gravidez. Além disso, os riscos para a saúde materna, como gravidez na adolescência, infecções, má nutrição e pré-eclâmpsia, estão fortemente associados aos nascimentos prematuros.

Portanto, cuidados pré-natais de qualidade desempenham um papel fundamental na detecção e no gerenciamento de complicações, assegurando uma datação precisa da gravidez por meio de ecografias precoces e, quando necessário, atrasando o parto por meio de tratamentos aprovados.

FONTE: OMS