Virgínia Fonseca: influenciadora afirma ter alopecia; como o estresse pode estar relacionado à condição? Entenda - FRONT SAÚDE

Virgínia Fonseca: influenciadora afirma ter alopecia; como o estresse pode estar relacionado à condição? Entenda

A influenciadora Virgínia Fonseca revelou em entrevista que teve alopecia depois de sofrer duras críticas na internet em razão de sua base de maquiagem. Investindo no mercado da beleza com uma linha própria, a artista sofreu um cancelamento, incluindo de outras influenciadoras, que gravavam vídeos testando o produto e alegavam que ele não entregava o que prometia nas características citadas na embalagem.

“As pessoas começaram a falar que era um produto de péssima qualidade, para eu me pronunciar, sendo que o produto não causou alergia em ninguém. Eu me pronunciaria se realmente tivesse causado algo em alguém ou se fosse um produto de péssima qualidade, mas não. Passei muito mal, me deu alopecia, buraco na cabeça, caiu o cabelo. E eu plena em Miami, fingindo que estava tudo bem, tudo maravilhoso, ninguém via por trás”, revelou a artista em entrevista ao jornalista Leo Dias.

Além de Virginia, outra famosa que recentemente revelou ter sido diagnosticada com alopecia foi Maiara, da dupla com Maraísa. As duas irmãs têm a condição dermatológica causada por uma interrupção no ciclo de crescimento do cabelo, provocando a queda.

Qual é a causa da alopecia?
A alopecia pode ser causada por influências genéticas, processos inflamatórios locais ou doenças sistêmicas. Embora o estresse não seja a causa do aparecimento do problema, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) explica que “fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro”.

O surgimento de falhas circulares em áreas de pele normalmente com pelos podem ser sintomas iniciais e é preciso investigar se a condição não está associada a outra tipo de doença.

Um dos tipos mais comuns de alopecia é a areata, que é uma doença autoimune — quando as células atacam o próprio organismo. Ela atinge aproximadamente 2% da população mundial em diferentes níveis — pode afetar desde pequenas áreas do couro cabeludo ou da barba, por meio de lesões circulares, ou até causar a completa ausência dos fios em todo o corpo.

Outro tipo comum da alopecia é a androgenética, que também é autoimune e causa o afinamento progressivo dos fios. Ela é mais recorrente entre os homens, cujas áreas mais atingidas são a coroa e a região frontal (entradas).

Já as mulheres — estima-se que 5% tenham alopecia androgenética — sofrem com sintomas, que costumam ser mais discretos, como perda capilar na região central do couro cabeludo. No caso delas, os períodos de queda intensa podem ter relação com irregularidade menstrual, acne ou obesidade.

O quadro não é contagioso e não apresenta riscos à saúde, além da perda capilar em si. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), casos de perda total dos fios no corpo em razão da alopecia são uma minoria: cerca de 5%.

Como a causa exata da doença ainda não é conhecida, não há cura nem é possível preveni-la completamente. Mas o tratamento correto ajuda a mantê-la sob controle, reduzir as falhas e evitar que novas surjam. Controlar o estresse também é um aliado para evitar crises agudas de queda.

Qual é o tratamento para a alopecia?

Por se tratar de uma doença autoimune, não existe um tratamento considerado definitivo para evitar a perda capilar. Dessa forma, é provável que o paciente precise de acompanhamento constante e enfrente períodos de perda capilar intensa e outros de estabilidade.
Medicamentos tópicos e bloqueadores hormonais, por meio de medicamentos orais, podem ser alternativas para estacionar o processo de queda capilar e recuperar parte dos fios perdidos.

Fonte: O Globo

Foto: Reprodução/Instagram