O primeiro caso de varíola dos macacos no Distrito Federal, foi confirmado pelo Ministério da Saúde no último sábado, 02. Uma outra notificação da doença foi descartada, e a terceira está sob investigação.
Mesmo com o nome fazendo alusão aos macacos, a doença não é originariamente destes animais, apenas foi identificada neles. A transmissão pode acontecer através de contato com animal ou pessoa infectada.
O contágio entre as pessoas pode ocorrer por meio de contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada, ou a partir do contato com superfície ou objetos recentemente contaminados.
“O vírus entra no organismo por meio principalmente do contato com as lesões. Independentemente do tipo de lesão, pois todas as formas são potencialmente transmissíveis”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do DF (SES-DF), Fabiano dos Anjos Martins.
“Por exemplo, secreção respiratória de uma pessoa infectada, transmissão respiratória, no caso por gotículas. Pode acontecer a partir de contato próximo e prolongado ou mucosas, como dos olhos, nariz ou boca”, detalha o diretor.
Transmissão
Sintomas
Entre os sintomas mais comuns estão:
Geralmente, entre um e três dias de febre, iniciam o aparecimento de erupção cutânea que surge no rosto e se espalha pelo restante do corpo. Antes de cair, as lesões passam opor cinco estágios, de acordo com o Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
O período de encubação do vírus “Monkeypox” varia entre 6 e 13 dias, segundo o epidemiologista Fabiano dos Anjos. “Esse é o tempo que leva para aparecerem os primeiros sintomas”. Ele ressalta que os sintomas do vírus podem persistir entre duas a quatro semanas.
Isolamento
Os pacientes que precisam de suspeita suspeita da varíola dos macacos devem permanecer em isolamento, em área com boa ventilação natural. É recomendado que ambientes comuns, como banheiro e cozinha, fiquem com janelas abertas. Se há mais de uma pessoa na casa, é necessário usar a máscara cirúrgica bem ajustada para proteger a boca e o nariz.
Também é importante que o paciente lave as mãos muitas vezes ao dia, preferencialmente com água e sabonete líquido. Se necessário, deve usar toalhas de papel descartável para secar as mãos.
Além do mais, pessoas com suspeita também não devem compartilhar alimentos, objetos de uso pessoal, talheres, pratos, copos, toalhas ou roupas de cama. Os itens só podem ser reutilizados quando for feita a higienização.
Proteção
Usar máscaras, manter distanciamento e a higienização das mãos são formas de evitar o contágio pela varíola dos macacos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça a adoção dessas medidas, frisando que elas também servem para proteger contra a Covid-19.
Caso no Distrito Federal
O caso do Distrito Federal é de um homem, de 30 a 39 anos, que voltou recentemente de uma viagem internacional. Ele está em isolamento domiciliar e segue sendo monitorado pelas equipes de vigilância epidemiológica.
O Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs) passou a monitorar um segundo caso suspeito da doença. A pessoa também está em isolamento domiciliar e aguarda o resultado do exame que vai confirmar ou descartar a contaminação pela doença.
Segundo a SES-DF, o serviço de vigilância faz o acompanhamento diário do estado de saúde dos pacientes.
Brasil
O Ministério da Saúde confirmou no último domingo (3), 76 casos de varíola dos macacos no país. Houve registro de notificação em seis estados e no DF.
Veja os casos confirmados por unidade da federação:
O ministério da saúde informou que está no processo de articulação com as secretarias estaduais de saúde para continuar monitorando o surgimento de novos casos e rastrear as pessoas que tiveram contato próximo com os infectados.
Fonte: G1
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