Julho, no Pará, é sinônimo de sol escaldante. E, com as férias escolares, muita gente procura as praias, piscinas e balneários para aliviar o calor e se divertir. Então, é muito importante não esquecer da prevenção.
A preocupação é com a exposição prolongada ao sol, principal causa do câncer de pele, o tipo de câncer mais comum em todo o Brasil. Antes de pensar no protetor solar e na necessidade de dar preferência aos horários em que o sol está mais brando, é muito importante falar sobre uma medida preventiva pouco lembrada: o autoexame da pele.
Qualquer pessoa pode e deve examinar o próprio corpo. Em frente ao espelho, é importante observar se não há pintas, manchas ou sinais que estão se modificando. Esse olhar atento pode ajudar a identificar lesões na pele e assegurar um diagnóstico precoce, fundamental para que um eventual câncer tenha grandes chances de cura.
Se houver uma mancha ou sinal que coça, arde, descama ou sangra; ou feridas que não cicatrizam em até 4 semanas, o recomendado é procurar um dermatologista. Assim como pegar sol com proteção, o autoexame da pele também deve fazer parte da nossa rotina. “No câncer de pele, como outros tipos de câncer, o diagnóstico precoce é fundamental. Quando a doença é descoberta cedo, a chance de cura é de mais de 90%. Já com o diagnóstico tardio, cai para 40% ou menos”, alerta a oncologista Paula Sampaio, do Centro de Tratamento Oncológico.
Regra do ABCDE – Para ajudar o leigo com o autoexame, os especialistas utilizam as 5 primeiras letras do alfabeto:
Uma visita ao dermatologista antes de viajar é recomendável, assim como uma consulta anual. São hábitos fundamentais para se conseguir o diagnóstico precoce.
No mais, é seguir as medidas fotoprotetoras. O protetor solar deve ser usado todos os dias e da maneira correta. Deve ter fator de proteção 30, no mínimo, e ser reaplicado a cada 2 horas. Além disso, usar roupas e acessórios como chapéu e óculos escuros, e evitar o sol entre 10 e 16h, quando a incidência dos raios ultravioletas é maior. “São hábitos simples e que devem ser adquiridos desde a infância, pois os danos causados pelo sol são acumulativos”, explica a oncologista Paula Sampaio. “Infelizmente, o que vemos na prática é a falta dos cuidados necessários. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia, 63% da população não usam nenhum tipo de proteção solar no dia a dia”, lamenta a médica.
Câncer de pele – Segundo o Inca, aproximadamente 185,6 mil novos casos de câncer de pele devem ser diagnosticados em 2022. 177 mil brasileiros devem contrair câncer de pele não melanoma, o mais comum e menos agressivo. Já o câncer de pele melanoma, tipo mais grave da doença, deve se manifestar em 8,5 mil brasileiros.
O câncer de pele é mais comum em pessoas adultas, a partir dos 40 anos, com pele, olhos e cabelos claros. Histórico pessoal ou familiar de câncer de pele também aumentam o risco. Os sinais e lesões aparecem mais na cabeça, pescoço, braços e pernas – áreas mais expostas ao sol.
*Com informações da assessoria de imprensa
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