A vacina chamada SpiN-Tec contra a covid-19, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), teve pedido protocolado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para testes em humanos. A perspectiva é que a vacina mineira possa ser usada como reforço para pessoas já imunizadas. O Brasil já encomendou mais de 600 milhões doses de outras vacinas contra Covid-19 para o ano de 2021. A conclusão dos testes da SpiNtec, em 2022, deve ocorrer com a população já amplamente vacinada.
O material foi desenvolvido em março do ano passado pelo CTVacinas da UFMG, em parceria com a Fiocruz Minas, e com apoio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações. Após a aprovação da Anvisa, os testes dos pesquisadores em humanos vão começar pelas fases 1 e 2, em que conclusões importantes sobre eventos adversos e esquema de dose são avaliadas.
As fases 1 e 2 devem ter duração de três a quatro meses, com conclusão prevista para os primeiros meses de 2022. Caso sejam bem-sucedidas, um novo pedido de autorização deverá ser feito à Anvisa para os testes de fase 3, em que é calculada a eficácia da vacina em um estudo com número maior de voluntários.
Apesar de o pedido para a realização dos testes já ter sido entregue à Anvisa no último dia 30, a agência ainda não havia recebido até semana passada o Dossiê Específico de Ensaio Clínico (DEEC), que é o protocolo clínico do estudo, propriamente dito. A Anvisa afirma que já começou a análise, mas precisa desse documento para concluí-la.
Mais ampla, essa etapa pode demandar investimento de R$ 300 milhões. Segundo a universidade mineira, no entanto, a necessidade de recursos ainda está sendo dimensionada, porque, como a vacina será usada como dose de reforço, a abrangência da fase 3 ainda está sendo examinada pelos pesquisadores da UFMG e os técnicos da Anvisa.
Fonte: Agência Brasil
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