Telemedicina avança no Brasil, mas ainda falta ampliar o acesso à população - FRONT SAÚDE
Médicos observam exame de paciente em hospital de campanha em Guarulhos (SP) 12/05/2020 REUTERS/Amanda Perobelli

Telemedicina avança no Brasil, mas ainda falta ampliar o acesso à população

A Telemedicina chegou mais intensamente no Brasil por conta da pandemia do Coronavírus, mas a modalidade de consultas médica à distância vem ganhado cada vez mais espaço e aceitação junto aos pacientes. Nela, o atendimento é feito por meio de tecnologias, integrando informática, telecomunicações e internet.

Muito utilizada em outros paises, a Telemedicina facilita a troca de informações entre profissionais de saúde, além de aumentar o acesso à diagnósticos e tratamentos. Uma pesquisa realizada pela HSR Health sobre a telemedicina, com 3.159 brasileiros, realizada em março de 2021, identificou que o acesso a informação e o nível socioeconômico têm relação direta com a utilização da Telemedicina. Embora 74% da população entrevistada tenha ouvido falar das teleconsultas, o desconhecimento entre a classe D/E é duas vezes maior em comparação com a classe A.

A pesquisa sugere que a classe social influencia diretamente o acesso à Telemedicina. Por se tratar de uma ferramenta que utiliza a internet, que no Brasil ainda é privilégio de uma classe social.

Dados indicam que, durante a pandemia, 46% dos brasileiros precisaram de atendimento médico. Destes, 57% recorreram a consultas presenciais, 43% tiveram atendimento em hospital/pronto-socorro (PS), 13% utilizaram a telemedicina e 2% receberam atendimento domiciliar. 

Porém, o percentual de satisfeitos e muitos satisfeitos com a experiência da telemedicina é 68% entre os entrevistados. Comparando a teleconsulta com o atendimento presencial, 85% dos participantes da sondagem consideram que o atendimento virtual foi similar ou melhor.

Metodologia – Para entender o acesso da população à telemedicina no Brasil, a HSR Health realizou pesquisa online entre os dias 10 e 19 de março de 2021, por meio de metodologia quantitativa, englobando 3.159 respondentes. O estudo teve abrangência nacional e distribuição entre todas as idades, gêneros e classes sociais. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 1,7 pontos percentuais.