A Semana Mundial do Aleitamento Materno acontece entre os dias 1 a 7 de agosto. Este mês é dedicado a campanha “Agosto Dourado”, que tem o intuito de esclarecer dúvidas a respeito desse tema e conscientizar a população sobre o aleitamento, além de incentivar a doação.
A consultora em amamentação e nutricionista infantil, Gilmara Silva, explica que o leite humano é uma fonte segura de nutrientes ideais para o bebê e crianças, além de falar sobre a importância desta semana. “A Semana Mundial de Aleitamento Materno tem por objetivo e importância dar mais visibilidade à Amamentação! Um momento de incentivar e fomentar que a Sociedade divulgue amplamente essa temática! Ou seja, busca da visibilidade a um direito básico da humanidade: alimentação adequada. O leite humano é a melhor e mais adequada alimentação para bebês e crianças, pois fornece ingredientes vivos, como células-tronco, glóbulos brancos e bactérias benéficas, além de outros componentes bioativos, como anticorpos, enzimas e hormônios, que ajudam a combater infecções e evitar doenças, contribuindo para um desenvolvimento normal e saudável assim como diminui o risco de doenças para as crianças e para as pessoas que amamentam”, destaca.
A especialista destaca que a mulher que está com um volume maior da sua produção de leite pode realizar a doação. “Onde há promoção ao aleitamento materno, há excedente de leite: essa mulher que é incentivada, apoiada e acolhida. E é essa mulher que se sente sensibilizada a doar leite humano. Ela quem tem excedente de leite é quem doa para os bancos de leite”, reitera.
A alimentação por meio do leite humano é muito importante para os bebês, pois contém nutrientes fundamentais, porém, nem sempre as mães conseguem amamentar os filhos e acabam enfrentando alguns desafios, aponta a nutricionista infantil. “O maior desafio é considerar que o processo de amamentação é instintivo. Amamentar requer que mãe e bebê aprendam a se relacionar. Conhecer o comportamento de um bebê e entender que nem todo o choro está relacionado à necessidade de se alimentar. Está no colo de um cuidador e na maioria das vezes no colo de quem amamenta fornece segurança, aconchego e vínculo afetivo”, enfatiza.
Uma dúvida comum sobre a amamentação é saber se a imunidade da criança que não mama tem o seu sistema imunológico afetado. “É afetado sim! O leite materno protege o bebê de infecções principalmente por meio dos anticorpos IgA secretores (IgAS) e também por meio de vários outros compostos bioativos. Os fatores de defesa do leite humano agem sem causar inflamação e vários componentes são anti-inflamatórios”, afirma.
Gilmara esclarece que existem técnicas que podem ajudar na amamentação quando a criança tem dificuldade de mamar. “Assim como as mães precisam aprender a amamentar e os bebês precisam aprender a mamar; Nos casos em que os bebês tem dificuldades de mamar, nós podemos nos valer de algumas estratégias para ajudar essa criança a ser alimentada até que essa amamentação se estabeleça. Nestes casos, a dieta poderá ser ofertada de colher dosadora, copo ou através da relactação, que consiste em conectar a sonda de aspiração ou uretral nº 4 ou 6 em um recipiente; colocar leite (materno ou de fórmula) no recipiente; deixar o recipiente em um local confortável, como entre os seios ou embaixo do braço; colar a sonda no seio em a criança irá amamentar, deixando sua ponta próxima ao mamilo; colocar o bebê para mamar”, pontua.
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