Em um cenário alarmante que causa preocupações entre profissionais da saúde e educadores, foi observado um fenômeno perturbador denominado de “Roleta Russa de Medicamentos”, no qual jovens se envolvem em um jogo arriscado.
Neste desafio, adolescentes competem entre si para ver quem consegue ingerir a maior quantidade de medicamentos sem enfrentar problemas de saúde. Esse comportamento tem sido incentivado por grupos fechados no aplicativo Telegram, tornando-o ainda mais desafiador de ser controlado.
No entanto, especialistas na área médica e farmacêutica alertam para os riscos inerentes a essa conduta irresponsável e destacam a importância de os pais estarem cientes dos perigos da automedicação e das redes sociais em relação aos seus filhos.
O “Roleta Russa de Medicamentos” representa uma forma perigosa e irresponsável de uso de medicamentos, na qual os jovens desafiam uns aos outros a consumir uma variedade de medicamentos em doses elevadas, sem qualquer supervisão profissional. Os participantes buscam emoções extremas, colocando em risco sua saúde e, em casos extremos, até suas vidas.
Gustavo Pires, secretário-geral do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e conselheiro federal de Farmácia pelo Paraná, faz um apelo enfático para conscientizar os jovens sobre os perigos da automedicação. “O uso indiscriminado de medicamentos pode levar a efeitos colaterais graves, interações medicamentosas perigosas e até overdose. Em muitos casos, os jovens não estão cientes dos riscos associados a essas práticas imprudentes”.
O farmacêutico também chama a atenção para a disseminação desses desafios nas redes sociais, especialmente em grupos fechados no Telegram, o que torna ainda mais desafiador para os pais e responsáveis acompanharem o comportamento de seus filhos na internet. “As redes sociais têm o potencial de amplificar a pressão dos pares e normalizar comportamentos arriscados, como a ´Roleta Russa de Medicamentos´”, enfatiza Gustavo.
O secretário-geral do CFF destaca a importância de os pais estarem atentos às atividades online de seus filhos e dialogarem sobre os perigos da automedicação. Além disso, ressalta a necessidade de educar os jovens sobre o uso responsável de medicamentos e a importância de buscar orientação profissional quando necessário.
” É fundamental que os pais estejam informados sobre as atividades online de seus filhos e conversem abertamente sobre os perigos da automedicação. Os jovens precisam entender que os medicamentos não são brinquedos e que seu uso inadequado pode ter consequências graves para a saúde”, alerta o farmacêutico.
A sociedade como um todo deve se unir para enfrentar essa tendência perigosa e proteger a saúde e o bem-estar de nossos jovens. A conscientização, a educação e o diálogo aberto são instrumentos cruciais nessa luta contra o uso irracional e irresponsável de medicamentos, bem como contra outros desafios perigosos que circulam nas redes sociais. É fundamental que pais, educadores e profissionais de saúde colaborem para criar um ambiente seguro e saudável para crianças e adolescentes.
Fonte: Conselho Federal de Farmácia