A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou recentemente o lançamento do Plano Global Estratégico de Preparação, Prontidão e Resposta (SPRP) para enfrentar a crescente ameaça da dengue e outros arbovírus transmitidos pelo mosquito Aedes.
O principal objetivo do plano é reduzir a carga de doenças, mortes e sofrimento causados por enfermidades como a dengue, Zika e chikungunya, promovendo uma resposta global coordenada entre países e setores.
OBJETIVOS E AÇÕES PRIORITÁRIAS
O SPRP define uma série de ações prioritárias que visam controlar a transmissão desses vírus e proteger populações em risco.
Entre essas ações estão o reforço da vigilância de doenças, a melhoria de atividades laboratoriais, o controle de vetores e a promoção do engajamento comunitário.
Segundo a OMS, mais de 4 bilhões de pessoas estão atualmente em risco de infecção por arbovírus, com uma previsão de aumento para 5 bilhões até 2050.
ALERTA GLOBAL E CRESCIMENTO DOS CASOS
O surto de dengue tem crescido de forma alarmante nos últimos anos. Desde 2021, o número de casos duplicou anualmente, com mais de 12,3 milhões de casos relatados até agosto de 2024.
O Diretor-Geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou sobre a necessidade urgente de uma resposta coordenada entre países e setores para combater a disseminação desses vírus.
“Este plano é um roteiro para reverter a maré da dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes, protegendo populações vulneráveis e promovendo um futuro mais saudável”, afirmou Tedros.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E OUTRAS CAUSAS
Fatores como a urbanização desordenada, as más práticas de saneamento e higiene, as mudanças climáticas e o aumento das viagens internacionais têm contribuído para a rápida disseminação geográfica da dengue.
A doença é agora endêmica em mais de 130 países, e a OMS também destaca tendências semelhantes para outros arbovírus, como Zika, chikungunya e o vírus Oropouche, particularmente nas Américas.
A ESTRUTURA DO SPRP
O Plano Global da OMS se baseia em cinco pilares principais:
- COORDENAÇÃO DE EMERGÊNCIA: definir estratégias de liderança e coordenação para garantir uma resposta eficaz;
- VIGILÂNCIA COLABORATIVA: desenvolver ferramentas para detecção precoce e controle de surtos;
- PROTEÇÃO COMUNITÁRIA: engajar as comunidades na adaptação local de medidas de prevenção;
- CUIDADOS CLÍNICOS SEGUROS E ESCALÁVEIS: garantir uma gestão clínica eficaz para minimizar mortes;
- ACESSO A CONTRAMEDIDAS: investir em pesquisa e inovação para tratamentos e vacinas eficazes.
O plano, que será implementado até 2025, requer um orçamento de US$ 55 milhões e está alinhado com outras iniciativas globais de controle de vetores e arbovírus.
Fonte: OMS
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