O herpes genital, uma das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) mais comuns, afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Estimativas recentes apontam que cerca de 846 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos vivem com infecções do vírus herpes simplex (HSV).
Essa condição, muitas vezes subdiagnosticada, pode impactar significativamente a qualidade de vida dos indivíduos.
DOIS TIPOS DE HERPES: HSV-1 E HSV-2
Existem dois tipos principais do vírus herpes simplex:
- HSV-1: Associado principalmente ao herpes oral, pode causar infecções genitais por contato sexual.
- HSV-2: Predominantemente responsável pelas infecções genitais, está relacionado a surtos mais recorrentes e severos.
Estudos mostram que, em 2020, aproximadamente 520 milhões de pessoas apresentavam HSV-2 genital, enquanto 376 milhões tinham infecções genitais pelo HSV-1.
SINTOMAS: NEM SEMPRE VISÍVEIS
Embora muitas pessoas não apresentem sintomas, aquelas que o fazem podem experimentar:
- Feridas e bolhas dolorosas na região genital e áreas próximas;
- Sensação de queimação e coceira;
- Dor ao urinar, muitas vezes confundida com infecções urinárias;
- Febre, cansaço e linfonodos inchados.
O diagnóstico, na maioria das vezes, é clínico, mas testes laboratoriais, como PCR, podem confirmar a infecção.
TRANSMISSÃO E PREVENÇÃO
O herpes genital é transmitido por contato pele a pele, sendo o sexo vaginal, oral ou anal as formas mais comuns.
O uso de preservativos reduz significativamente o risco de transmissão, mas não elimina completamente as chances, já que o vírus pode infectar áreas não cobertas pela camisinha.
TRATAMENTO E GERENCIAMENTO DA INFECÇÃO
Embora não exista cura, tratamentos antivirais ajudam a controlar os sintomas e reduzir a recorrência. Outras medidas incluem:
- Uso de pomadas para aliviar a dor e a queimação;
- Manutenção da área afetada limpa e seca;
- Evitar roupas apertadas durante as crises.
O vírus permanece no corpo em estado de latência, podendo ser reativado por fatores como estresse, doenças ou alterações hormonais.
IMPACTOS GLOBAIS E CUSTOS ECONÔMICOS
Além de causar desconforto físico e emocional, o herpes genital gera custos globais estimados em US$ 35 bilhões anuais, entre gastos com saúde e perda de produtividade.
O QUE ESTÁ SENDO FEITO?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está empenhada em:
- Desenvolver vacinas e novas terapias;
- Melhorar o acesso a medicamentos antivirais;
- Conscientizar sobre a relação entre o herpes e o risco aumentado de HIV.
O investimento em pesquisas e o combate ao estigma são essenciais para mitigar os impactos dessa infecção.
Fontes: OMS e Hospital Albert Einstein
Deixe uma resposta