Neste mês, uma nova alternativa de vacina estará disponível na rede privada para fortalecer o combate a doenças infecciosas que representam um risco, principalmente para grupos mais vulneráveis, como as crianças.
Recentemente, foi anunciado o lançamento da vacina Vaxneuvance 15-valente, projetada para prevenir a doença pneumocócica invasiva (DPI), uma infecção provocada pela bactéria pneumococo (Streptococcus pneumoniae), que está associada a casos de pneumonia, meningite e septicemia.
Atualmente, nas clínicas particulares, já está disponível uma versão da vacina que protege contra 13 tipos diferentes, enquanto a versão que abrange dez tipos está incluída no Programa Nacional de Imunizações (PNI), proporcionando doses gratuitas através do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme informações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).
Por outro lado, a pneumocócica 23, também disponibilizada pelo SUS, é direcionada especificamente para imunossuprimidos, pessoas vivendo com o HIV ou que têm doenças cardiovasculares ou renais graves, sendo administrada nos Centros de Imunobiológicos Especiais (CRIEs).
A MSD Brasil relata que a Vaxneuvance 15-valente visa abranger os principais sorotipos causadores das formas mais graves da doença pneumocócica invasiva. De acordo com a empresa, “os sorotipos 19A e 3 são responsáveis por quase 50% dos casos de DPI em crianças menores de 5 anos”, como afirmado em comunicado.
Esta vacina é destinada a crianças com idade entre 2 e 15 meses, com um esquema de quatro doses recomendado: aos 2, 4 e 6 meses, seguido de um reforço entre 12 e 15 meses. Em contraste, a vacina pneumocócica 10-valente requer um esquema de três doses, com duas no primeiro ano de vida e um reforço também entre 12 e 15 meses.
Segundo Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista e consultora de vacinas da rede de saúde integrada Dasa, estudos indicam que a vacina pneumocócica 15-valente produz uma resposta de anticorpos mais robusta para o sorotipo 3 em comparação com a vacina pneumocócica 13-valente. O sorotipo 3 do pneumococo é conhecido por estar relacionado com casos de pneumonia necrotizante.
As doenças pneumocócicas são transmitidas por meio de gotículas, quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala, inclusive quando está assintomática. A imunização é a melhor maneira de proteger as crianças, especialmente os bebês, que ainda não possuem um sistema imunológico totalmente desenvolvido para combater infecções.
Aqui está o esquema de vacinação resumido:
Vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10)
- Entre 2 e 6 meses: três doses durante o primeiro ano de vida, seguidas de um reforço entre 12 e 15 meses de idade.
- Entre 7 e 11 meses: duas doses durante o primeiro ano de vida, seguidas de um reforço entre 12 e 15 meses de idade.
- Entre 12 e 24 meses: duas doses com um intervalo de dois meses.
- Entre 2 e 5 anos de idade: uma dose.
Vacinas pneumocócicas conjugadas 13-valente (VPC13) e 15-valente (VPC15)
No esquema padrão: começar aos 2 meses de idade, com três doses administradas aos 2, 4 e 6 meses, seguidas de um reforço entre 12 e 15 meses.
Em caso de atraso: o esquema varia de acordo com a idade da criança quando receber a primeira dose.
- Para crianças com até 6 meses de idade: três doses durante o primeiro ano de vida, seguidas de um reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 3 + 1).
- Para crianças entre 7 e 11 meses: duas doses durante o primeiro ano de vida, seguidas de um reforço entre 12 e 15 meses de idade (esquema 2 + 1).
- Para crianças entre 12 e 24 meses: duas doses com um intervalo de dois meses (esquema 1 + 1).
- Para crianças a partir de 24 meses: uma dose única.
Fonte: VEJA