A vontade de ser mãe muitas vezes enfrenta obstáculos quando a idade fértil da mulher não coincide com seus planos de carreira. Com a queda na qualidade e quantidade de óvulos após os 35 anos, a maternidade tardia pode parecer uma tarefa árdua. No entanto, avanços na medicina reprodutiva oferecem alternativas promissoras para aquelas que desejam realizar o sonho da maternidade em idades mais avançadas.
TRATAMENTOS DE FERTILIDADE: EXPLORANDO AS OPÇÕES
- FIV com óvulo próprio, congelado
Para mulheres que desejam preservar seus óvulos para o futuro, a vitrificação oferece uma solução eficaz. Essa técnica de congelamento ultrarrápido permite que os óvulos ‘parem no tempo’, mantendo sua qualidade. Com uma taxa de sobrevivência de cerca de 90%, a fertilização in vitro (FIV) com óvulos próprios congelados possibilita uma chance de gravidez em torno de 50% de nascidos vivos, especialmente se os óvulos foram congelados antes dos 35 anos.
- FIV com óvulo doado, congelado
Embora o comércio de óvulos não seja regulamentado no Brasil, a ovodoação é uma prática viável. Mulheres que passam por tratamentos de estimulação da ovulação podem optar pela doação compartilhada, recebendo descontos no tratamento em troca. Com taxas de sucesso semelhantes às da FIV com óvulos próprios, essa opção oferece esperança para aqueles que não têm óvulos viáveis ou desejam explorar outras fontes.
- Embrião congelado
Casais que desejam adiar a gestação podem optar por congelar embriões formados após tratamentos de fertilização. Essa técnica oferece flexibilidade, permitindo que os embriões sejam transferidos para o útero da mulher em momentos oportunos, mesmo quando sua idade reprodutiva já passou. A possibilidade de usar sêmen de doador amplia as opções para aqueles que buscam a paternidade tardia.
ENTENDENDO A QUEDA NA FERTILIDADE: UM DESAFIO CRESCENTE
À medida que as mulheres envelhecem, a fertilidade diminui devido à redução na qualidade e quantidade de óvulos. Enquanto aos 30 anos a chance de gravidez espontânea é de cerca de 20% ao mês, aos 40 anos essa taxa cai para 5% e, após os 45 anos, é inferior a 1%. Com a proximidade da menopausa, que ocorre por volta dos 51 anos em média, a maternidade se torna uma perspectiva cada vez mais distante.
Embora a idade avançada possa apresentar desafios à maternidade, os avanços na medicina reprodutiva oferecem esperança às mulheres que desejam ter filhos mais tarde na vida. Com tratamentos de fertilidade acessíveis e eficazes, o sonho da maternidade continua sendo uma possibilidade viável, mesmo quando o relógio biológico parece estar contra.
Fonte: Anahp