![](https://frontsaude.com/wp-content/uploads/2024/03/ff88aeea0e.jpeg)
Em todo o mundo, as doenças bucais estão lançando uma sombra escura sobre a saúde global, afetando 45% da população e representando um ônus financeiro colossal para os sistemas de saúde. Um estudo recente realizado pela Economist Impact, em colaboração com a Federação Europeia de Periodontologia e a Haleon, revelou dados alarmantes sobre essa questão premente.
O IMPACTO ECONÔMICO AVASSALADOR
Conforme as descobertas, as despesas relacionadas à saúde bucal ultrapassam os US$ 350 bilhões anualmente em todo o mundo. A perda de produtividade associada a problemas como cáries, periodontite e perda dentária representa uma fatia significativa desse custo, estimada em cerca de US$ 188 bilhões a cada ano. No Brasil, esse fardo financeiro é sentido com ainda mais peso, ultrapassando os 36 bilhões de dólares, principalmente devido ao tratamento de cáries dentárias.
DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS AGRAVAM O QUADRO
A análise também revelou uma correlação preocupante entre desigualdades socioeconômicas e saúde bucal. A baixa escolaridade está diretamente associada a um aumento de 86% e 44% no risco de prevalência de periodontite e cáries, respectivamente. Da mesma forma, a baixa renda está ligada a um aumento de 29% no risco de prevalência de cáries.
A ESCASSEZ DE PROFISSIONAIS EM REGIÕES CARENTES
Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) pintam um quadro desolador da distribuição global de profissionais de saúde bucal. A maioria dos dentistas está concentrada em países de alta renda, deixando uma escassez significativa em nações de baixa renda. Este desequilíbrio ressalta a necessidade urgente de expandir e diversificar a força de trabalho em saúde bucal.
UMA ABORDAGEM MULTIFACETADA PARA A SAÚDE BUCAL GLOBAL
Os pesquisadores enfatizam a importância de uma abordagem holística para abordar a crise de saúde bucal em escala global. Isso inclui o envolvimento de higienistas dentais, educadores de saúde bucal, farmacêuticos e enfermeiros no cuidado preventivo. Além disso, a integração de prontuários médicos e dentários eletrônicos é vista como fundamental para melhorar os cuidados bucais nos sistemas de saúde.
PRIORIZANDO A SAÚDE BUCAL NOS SISTEMAS DE SAÚDE
Apesar de seu impacto significativo na saúde pública, as doenças bucais muitas vezes são negligenciadas nos sistemas de saúde. O estudo argumenta que é essencial integrar o cuidado bucal com outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) com fatores de risco compartilhados. Isso não só reduziria o ônus financeiro, mas também melhoraria a saúde geral da população.
PROJETANDO UM FUTURO COM SORRISOS MAIS SAUDÁVEIS
Diante desses desafios, propostas concretas emergem para reverter a crise na saúde bucal global. Desde a conscientização pública até parcerias público-privadas e investimentos em métodos epidemiológicos aprimorados, há um caminho claro a seguir. A construção de sistemas de saúde que priorizem a prevenção e a multidisciplinaridade é crucial para garantir que todos tenham acesso a cuidados bucais de qualidade. Com esforços coordenados e uma visão compartilhada, podemos criar um futuro onde sorrisos saudáveis sejam uma realidade para todos.
Fonte: Veja
Deixe uma resposta