Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas em Alimentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP) analisou os hábitos de higiene e práticas relativas à higienização, manipulação e armazenamento dos alimentos nas residências dos brasileiros. Os resultados mostram que uma parcela expressiva da população adota medidas inadequadas.
O estudo considerou as medidas de higiene, manipulação e armazenamento de alimentos junto a 5 mil pessoas de todos os Estados brasileiros. Os resultados mostram que uma parcela expressiva da população adota medidas inadequadas. Portanto, está mais exposta às doenças transmitidas por alimentos (DTA). O público da pesquisa teve como maioria mulheres entre 25 e 35 anos e com renda entre 4 e 10 salários-mínimos. A pesquisa também verificou as temperaturas das geladeiras de 216 residências no Estado de São Paulo.
Cerca de 46,3% dos participantes disseram ter o hábito de lavar carnes na pia da cozinha, 24,1% costumam consumir carnes malcozidas e 17,4% consomem ovos crus ou malcozidos em maioneses caseiras e outros pratos. Com respeito às práticas de higienização de verduras, 31,3% costumam fazer a higienização apenas com água corrente e 18,8%, com água corrente e vinagre. Para higienização de frutas, 35,7% utilizam apenas água corrente e 22,7%, água corrente e detergente.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos cerca de 600 milhões de indivíduos no mundo adoecem e 420 mil morrem em decorrência de doenças transmitidas por alimentos (DTA). No Brasil, entre 2000 e 2018, foram registrados oficialmente 247.570 casos de DTA com 195 mortes, segundo dados do Ministério da Saúde. E qual foi a origem principal da contaminação apontada pelo estudo? A cozinha da própria casa.
Fonte: Jornal da Usp
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