A doação de sangue é uma causa mundial que deve ser lembrada continuamente. Nesta quinta-feira (25), é celebrado o Dia Nacional do Doador de Sangue, data que reforça a importância desse ato de amor ao próximo. Segundo o Ministério da Saúde, uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas.
O hematologista e diretor do Instituto de Hematologia e Hemoterapia de Belém (Ihebe) João Saraiva ressalta a necessidade da doação de sangue regular. “No Brasil, ainda temos uma insuficiência de doações regulares. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que deveria ser pelo menos 3% da população, enquanto no país, o número está em torno de 1,3%, considerado baixo para atender a necessidade que realmente precisamos”, destaca.
Segundo a enfermeira Fernanda Cordeiro o processo de doação é simples e fácil, além de enfatizar a segurança do doador no momento da doação. “Toda a doação não pode colocar o doador em risco. Seguimos uma portaria que estabelece os critérios de aptidão”, pontua.
O doador Elton Lima é voluntário a pelo menos seis anos e contou que passou a ser doador após seu irmão precisar receber sangue. “Meu irmão sofreu um acidente de alto risco e deram três meses de vida para ele, mas graças a Deus ele está bem. Na época, ele recebeu sangue e eu achei o gesto lindo e desde esse momento eu passei a ser doador”, afirma.
Veja quais são as recomendações para a doação de sangue
Para ser um doador de sangue é necessário ter entre 16 e 69 anos e que estejam pesando mais de 50kg, apresentar um documento oficial com foto e estar alimentado. É recomendado evitar alimentos gordurosos nas três horas que antecedem a doação de sangue.
Os menores de 18 anos só podem ser doares com o consentimento formal dos responsáveis. É importante que a pessoa tenha dormido pelo menos seis horas nas últimas 24 horas.
Pessoas com idade entre 60 e 69 anos só poderão doar sangue se já o tiverem feito antes dos 60 anos. A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres. O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.
Fique atento aos impedimentos temporários para doar sangue:
– Gripe, resfriado e febre: aguardar 7 dias após o desaparecimento dos sintomas;
– Período gestacional;
– Período pós-gravidez: 90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana;
– Amamentação: até 12 meses após o parto;
– Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação;
– Tatuagem e/ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em cavidade oral ou região genital impedem a doação);
– Extração dentária: 72 horas;
– Apendicite, hérnia, amigdalectomia, varizes: 3 meses;
– Colecistectomia, histerectomia, nefrectomia, redução de fraturas, politraumatismos sem sequelas graves, tireoidectomia, colectomia: 6 meses;
– Transfusão de sangue: 1 ano;
– Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina;
– Exames/procedimentos com utilização de endoscópio nos últimos 6 meses;
– Ter sido exposto a situações de risco acrescido para infecções sexualmente transmissíveis (aguardar 12 meses após a exposição).
Impedimentos definitivos para doação de sangue:
– Ter passado por um quadro de hepatite após os 11 anos de idade;
– Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas;
– Uso de drogas ilícitas injetáveis;
– Malária
– Cuidados após a doação
– Evite esforços físicos exagerados por pelo menos 12 horas.
– Aumente a ingestão de líquidos (água).
– Não fume por 2 horas.
– Evite bebidas alcoólicas por 12 horas.
– Mantenha o curativo no local da punção por, pelo menos, quatro horas.
– Não dirija veículos de grande porte, não trabalhe em andaimes e não pratique paraquedismo ou mergulho.
– Faça um pequeno lanche e hidrate-se. É importante que o doador continue se sentindo bem durante o dia em que efetuou a doação de sangue.
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