Nesta quinta-feira, 15, é comemorado o Dia Nacional do Homem. A data, instituída em 1992 pela Ordem Nacional dos Escritores, com o objetivo de alertar a população masculina sobre a necessidade de prevenção de doenças. Uma delas, ainda envolta em muito tabu, é o câncer de pênis. Em 2019, o Ministério da Saúde informou que 2.193 homens foram diagnosticados com a doença, já em 2020 esse número passou para 1.788. No total, 1.092 homens tiveram o membro amputado por buscarem tratamento somente em estágio avançado.
Nos ultimos cinco anos, de 2016 a 2020, o numero de homens acometidos pela doença ultrapassa a marca de 10 mil. Entre 2014 e 2018, as mais altas taxas de mortalidade por câncer de pênis foram verificadas em três estados da região Nordeste: Maranhão, Piauí e Sergipe; e em dois da região Norte: Pará e Tocantins.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, o tumor afeta sobretudo pessoas acima de 50 anos, no entanto, foram encontrados 322 casos da doença em pacientes entre 12 e 39 anos (2019/2020). Segundo os dados, 47% dos casos são em homens até 59 anos (1.884 casos somando-se 2019 e 2020).
Mesmo representando apenas 2% de todos os tipos de câncer que atingem o homem, esse tipo de tumor impacta a qualidade de vida dos pacientes. “Apesar da relativa baixa incidência quando comparado a outros tumores urológicos e não urológicos, seu impacto é enorme, por poder acometer homens ainda jovens, com consequências físicas e psíquicas por vezes dramáticas e perenes”, alerta Karin Anzolch, membro do Departamento de Comunicação da SBU e vice-presidente da SBU-RS.
Diagnosticado em estágio inicial, o tratamento do câncer de pênis apresenta elevada taxa de cura. A detecção dos casos de câncer pode ser feita por meio de exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos. O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais, podendo ser feito por meio de cirurgia, radioterapia ou quimioterapia, conforme o caso. Segundo o Inca, o diagnóstico precoce é fundamental para evitar que a situação se agrave e seja necessário amputar parcial ou totalmente o pênis.
Fique atento :
- Alteração da pele na região do pênis: manchas marrom-azuladas, mudanças na cor e na textura, que fica mais grossa.
- Feridas que não se cicatrizam
- Secreções malcheirosas
- Nódulos no pênis ou na virilha ou verrugas no pênis
Fatores de risco
- Higiene íntima inadequada – é preciso puxar o prepúcio, pele que envolve a cabeça do pênis, para limpá-la
- Papilomavírus Humano (HPV)
- Fimose (dificuldade ou impossibilidade de exposição da “cabeça” do pênis, a glande, por estreitamento do prepúcio, a pele que o envolve)
- Lesões penianas não tratadas
- Fumo
Deixe uma resposta