Durante a pandemia o número de mortes por doenças cardiovasculares cresceu até 132% no Brasil. Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Minas Gerais mostra que as mortes por doenças cardiovasculares aumentaram significativamente em seis capitais: Manaus (AM), Belém (PA), (PA), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE) e Recife (PE).
No dia 8 de agosto é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, data criada para a conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares, principalmente o infarto e o acidente vascular cerebral. Mas você sabe o que é o colesterol?
O colesterol, popularmente conhecido como a gordura no sangue, é produzido pelo organismo e possui várias funções dentre elas produção de hormônios, a metabolização de vitaminas, produção da bile, substância importante pra digestão, além de fazerem parte da composição da membrana das células.
São divididos principalmente em partículas de colesterol HDL (o famoso bom colesterol), LDL (o mau colesterol), e triglicerídeos. Quando há um aumento das partículas de colesterol ruim (LDL e triglicerídeos) e/ou redução das partículas de colesterol bom (HDL), há deposição de colesterol na parede das artérias, formando placas de gordura, que por sua vez são causa importante para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares como o infarto e o acidente vascular cerebral (ou derrame cerebral), principais causas de mortalidade no Brasil.
As doenças do sistema cardiovascular já figuravam entre as principais causas de mortes em todo o mundo. De acordo com o relatório anual GBD (Global Burden of Desease — em português, Carga de Doenças Global), divulgado pela revista científica The Lancet, a hipertensão foi a enfermidade que mais matou no mundo em 2019, sendo a causa da morte de cerca de 10,8 milhões de pessoas.
O desenvolvimento dessas doenças está associado a diversos fatores de risco, tais como: obesidade, aumento do colesterol, pressão alta, diabetes e tabagismo, que podem ser controlados com alimentação saudável e prática de atividades físicas, orienta a cardiologista Natalia Esteves “Mantenha uma dieta saudável. Evite alimentos gordurosos, evitar leite integral, queijos amarelos, cortes de carne mais gordos e vísceras, cremes e molhos, embutidos, doces ou mesmo preparos que envolvam a fritura ou uso excessivo de óleos. Dê preferência frutas, verduras e vegetais”, pontua.
Além desses fatores, a hereditariedade pode determinar um colesterol alto mesmo em pessoas que tenham hábitos saudáveis, por isso, além da prática de atividade física e da alimentação equilibrada, é importante verificar regularmente as taxas de gordura no sangue e, se necessário, utilizar medicamentos sob prescrição e acompanhamento médico.
Veja a orientação dos especialistas
1. Uma alimentação com alimentos ricos em fibra solúvel, como a farinha e os farelos de aveia, a cevada e as leguminosas, ajuda a absorver o excesso de colesterol no intestino e a eliminá-lo do corpo. Devem-se ainda comer no mínimo, cerca de cinco doses de legumes e frutas frescas por dia.
2.Pare de fumar. O cigarro é uma importante causa de redução do colesterol bom além de tornar o colesterol ruim pior.
3.Exercite-se regularmente e de preferência com a orientação de um profissional. O exercício físico ajuda na manutenção do peso adequado bem como na redução do colesterol ruim.
4.Procure seu médico de família ou seu cardiologista. Consultas de rotina em que se realize a dosagem dos níveis de colesterol são importantes para traçar um plano adequado de prevenção ou tratamento.
5.Uso de medicamentos conforme indicação médica.
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