Os momentos de estresse na rotina de uma pessoa, principalmente em meio às adversidades impostas pela pandemia da covid-19, estão em situações de desgaste ou ameaça. Os casos de estresse e ansiedade cresceram em 80% durante o período de isolamento, de acordo com estudos realizados na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. A desigualdade social, a falta de aparelhos eletrônicos e acesso à internet, a ausência ou precariedade do saneamento básico para assegurar as medidas de higiene e o aumento do preço dos alimentos são alguns dos motivos para esse cenário.
No Dia Mundial de Combate ao Estresse, marcado nessa quinta-feira (23), a psicóloga especialista em psicologia clínica de adultos Caroline Cavalcante explica a importância de estar em constante alerta para os primeiros sinais. “O indivíduo que se encontra em grande parte do dia e por longos períodos de tempo com estresse ou em situações estressoras, tais condições podem afetar consideravelmente em diversos âmbitos da vida, interferindo na qualidade de vida. Nesses casos, pode apresentar sintomas como dores de cabeça constantes, dificuldade de concentração, ansiedade, insônia, mudanças no padrão da alimentação e temperamento explosivo”, afirmou.
O aumento do desemprego, processos de luto em massa, ausência de limites entre o trabalho e vida pessoal são fatores que interferem na saúde mental e que levam ao estresse, de acordo com Caroline. “Algumas formas que podem auxiliar na diminuição do estresse são identificar o que te faz ficar estressado e em quais momentos você tem o pico do estresse. Desenvolver hábitos saudáveis, como rotina mais equilibrada e alimentação balanceada; Fazer atividades prazerosas para você, pode ser escutar música, fazer uma caminhada, ver filme ou ler e; Realizar meditação ou técnicas de respiração. Um outro ponto que pode auxiliar na diminuição do estresse e identificação dos hábitos descritos é a psicoterapia”, recomendou a psicóloga.
Exercício físico pode aliviar o estresse
O professor de educação física Douglas Nunes, a prática de exercício físico regular aliado a uma boa alimentação pode promover diversas reações e adaptações no corpo do indivíduo. “Com isso, pode reduzir os efeitos negativos do estresse. Então, a prática de exercícios físicos pode sim ser considerado uma forma de prevenção, variando entre três a cinco vezes por semana, sendo o ideal para a manutenção da saúde e qualidade de vida física e mental deste indivíduo”, afirmou.
Uma alternativa para auxiliar na redução do estresse são as práticas dos exercícios cardio/aeróbicos, segundo Douglas. “Isso se deve ao nível cerebral, como crescimento neuronal, aumenta o fluxo sanguíneo e em consequência há uma redução dos processos inflamatórios. O exercício físico tem a capacidade de liberação de um poderoso hormônio, a endorfina, produzida no cérebro, que dentre suas diversas funções, promove a sensação de bem estar, auxilia na melhora da disposição e sistema imunológico”, concluiu.
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