No mês de julho, o Brasil intensifica as ações de conscientização e prevenção das hepatites virais, abrangendo diversas atividades e mobilizações. Recentemente, uma nova lei foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tornando o “Julho Amarelo” uma campanha permanente e estabelecendo um calendário de atividades para combater essas doenças.
A nova lei visa engajar a administração pública, instituições da sociedade civil e organismos internacionais presentes no Brasil em atividades que abordem conscientização, prevenção, assistência, proteção e promoção dos direitos humanos. Além disso, as atividades devem ser desenvolvidas em conformidade com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a implementação da nova lei, as ações de conscientização e prevenção ocorrerão anualmente, com o objetivo de aumentar o número de pessoas diagnosticadas, tratadas e curadas, especialmente considerando que a hepatite C tem cura.
A Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) decidiu também estender a campanha de conscientização e combate às hepatites virais para o ano todo, a fim de evitar que as pessoas se esqueçam da importância do tema após o mês de julho. Em parceria com o Instituto Brasileiro de Fígado (IBRAFIG), a SBH promoverá atividades como iluminação de monumentos, palestras, eventos e testes de diagnóstico em várias cidades do país.
Além disso, a SBH planeja realizar ações específicas em locais como presídios, com testes e encaminhamento para tratamento, visando evitar a progressão da doença e a transmissão posterior. Outro projeto é a testagem de moradores de rua, em parceria com organizações que os cadastram, oferecendo tratamento para os casos positivos.
No dia 28 de julho, também conhecido como Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, é ressaltada a meta da OMS de eliminar as infecções virais por hepatite B e C até 2030.
As hepatites virais são doenças silenciosas que afetam o fígado e podem evoluir para condições mais graves, como câncer hepático ou cirrose, sem que o paciente esteja ciente do diagnóstico. No Brasil, as hepatites mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C, embora existam também os vírus D e E, menos frequentes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas Américas, cerca de 5,4 milhões de pessoas vivem com infecções por hepatite B e 4,8 milhões estão infectadas com hepatite C. No entanto, apenas 18% dos infectados com hepatite B estão cientes da sua condição, e somente 3% recebem tratamento. Sendo que os vírus B e C são responsáveis por um grande número de mortes relacionadas a essas complicações hepáticas.
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