Cada vez mais mulheres estão optando por métodos contraceptivos não hormonais. O motivo seriam os efeitos adversos causados por um dos métodos mais usados e comuns: as pílulas anticoncepcionais.
É importante ressaltar que antes de optar por um método contraceptivo sendo ele hormonal ou não, é necessário consultar um especialista.
A ginecologista Gisele Teixeira explica sobre a importância de conhecer as necessidades de cada um antes de escolher o método. Ela relata que em consultas prioriza o poder de escolha de suas pacientes. “Procuro trazer para as minhas pacientes o poder da escolha. Mostro a elas os prós e contras de cada método porque cada mulher é única e vive uma fase da vida”, afirma.
Para a médica, a pílulas anticoncepcionais traz muitos efeitos colaterais para a saúde da mulher. “Por exemplo, existem pacientes jovens e que querem ter filhos a longo prazo, gostam de cuidar da saúde e tem uma boa relação com o ciclo menstrual, então, nesses casos, por que oferecer pílula, se sabemos de todos os efeitos colaterais que elas podem trazer?”, ressalta.
Métodos não hormonais podem ser uma saída para quem prefere não tomar pílulas anticoncepcionais conta a médica. “Para esses e muitos outros casos, indico os dispositivos intrauterinos (DIU) sem hormônio, com duração de 3 a 10 anos, dependendo do tipo de DIU escolhido. Já aquela paciente com uma cólica e TPM muito intensos, que altera a qualidade de vida dela, podemos optar por outros métodos contraceptivos que ajudem a bloquear o eixo da ovulação melhorando assim esses sintomas”, aponta.
A ginecologista afirma que os métodos contraceptivos são usados de acordo com a necessidade de cada paciente. “Existe o método mais adequado para cada tipo de paciente. Hoje em dia, os não hormonais são os meus queridos. Porém, para muitas indico implantes para melhorar os sintomas de cólica, TPM, dor mamária e sangramentos” destaca.
De acordo com Gisele, os métodos como o DIU trazem muitas vantagens para mulheres mesmo tendo um período para a adaptação inicial. “O que pode acontecer é que algumas mulheres podem aumentar o fluxo menstrual com o Diu de cobre, porém para quase a grande maioria, a adaptação do método é de até 6 meses. Me diz se não tem coisa melhor em saber que estamos protegidas sem precisar lembrar todos os dias?”, afirma.
A médica afirma que muitas mulheres relatam alguns sintomas após o uso prolongado das pílulas. “A grande maioria das mulheres se refere mudança de humor, falta de energia, cansaço inchaço, baixa libido, dificuldade de ganho de massa muscula, celulite e falta de lubrificação, mas como disse, é muito importante saber como é a vida dessa mulher para melhor escolha do método anticoncepcional. Para termos noção, estudos mostram que a depressão aumenta duas vezes mais em usuárias de pílulas anticoncepcionais”, ressalta.
A especialista instiga as mulheres a fazerem uma auto avaliação para rever os métodos anticoncepcionais usados por elas. “É importante que a mulher se pergunte como anda a sua vida atualmente. Se sente cansada? Sem energia? Não vê graça na vida? Se esforça na academia, mas não vê resultado? Sente aquela preguiça em iniciar o sexo? Portanto, você é candidata a rever seu método anticoncepcional”, conclui.
Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente alguns métodos contraceptivos não hormonais como por exemplo, o Dispositivo Intrauterino (DIU) e o Diafragma.
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