Gripe Aviária, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro caso brasileiro - FRONT SAÚDE

Gripe Aviária, Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro caso brasileiro

Arquivo – Agência Brasil

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro caso de gripe aviária em granjas comerciais do Brasil em comunicado nesta sexta-feira. Desde que o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) foi detectado no país, em maio de 2023, o agente estava restrito a aves silvestres.

Segundo a pasta, o caso foi identificado num estabelecimento em Montenegro, município do Rio Grande do Sul. As estratégias de contenção previstas no Plano de Contingência Nacional do Setor Saúde para Influenza Aviária foram tomadas, como o abatimento de animais para evitar a propagação do vírus.

O que é a Influenza Aviária?

A Influenza Aviária (IA) é uma doença infecciosa que pode infectar aves e mamíferos, incluindo humanos.

Conforme a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), desde o ano de 2022 observa-se surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas, aves e mamíferos silvestres em diversos países da região das Américas como Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru, Uruguai, Venezuela e, mais recentemente, no Brasil.

Foram notificados para a OMS de forma global, desde 2003, 874 infecções humanas, que incluiu 458 óbitos. Na região das Américas, autoridades de saúde identificaram três casos de influenza aviária A (H5N1) em humanos: um nos Estados Unidos, em abril de 2022, um no Equador, em janeiro de 2023, e outro no Chile, em março de 2023. No Brasil, o Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (DSA/SDA/Mapa) notificou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em 15 de maio de 2023, as primeiras ocorrências de influenza aviária em aves silvestres.

Transmissão

As aves infectadas disseminam o vírus por meio da saliva, secreções de mucosas e fezes. A infecção ocorre por contato direto, como respirar gotículas ou partículas transportadas pelo ar, ou por contato com superfícies contaminadas e posterior toque nos olhos, boca ou nariz. Embora seja raro, as pessoas podem contrair a influenza aviária ao ter contato direto desprotegido com aves infectadas, sem usar equipamentos de proteção individual, como luvas, roupas de proteção, máscaras, respiradores ou proteção ocular.

Transmissão humana

A transmissão do vírus H5N1 entre humanos é rara e ocorre principalmente por contato próximo prolongado e desprotegido. Até o momento, há relatos de transmissão limitada e ineficiente, sem propagação contínua.

Sintomas

De acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas iniciais comuns são febre alta, maior ou igual a 38°, e tosse seguida de dispneia ou desconforto respiratório. Dor de garganta ou coriza, são menos comuns.

Tratamento

Em casos suspeitos, prováveis ou confirmados, é indicada a prescrição do medicamento antiviral, fosfato de oseltamivir, o mais rápido possível, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

O Ministério da Saúde aponta também, que alguns estudos sugerem que o medicamento “fosfato de oseltamivir” pode ainda ser benéfico para pacientes hospitalizados se iniciado de quatro a cinco dias após o início do quadro clínico.

O tratamento é recomendado por um período mínimo de cinco dias, mas pode ser prolongado até que haja melhor. O Ministério da Saúde disponibiliza o medicamento nas apresentações de 30mg, 45mg e 75mg. Para mais detalhes do medicamento acesse  Guia Laboratorial da Influenza e no Guia para Diagnóstico Laboratorial em Saúde Pública.

Fonte: Ministério da Saúde