No Brasil, o Instituto Leônidas & Maria Deane (Fiocruz Amazônia), a Associação Rede Unida e a Rede Unida Itália lideram um movimento pelo reconhecimento da medicina indígena como um sistema de saúde milenar, atendendo e curando povos indígenas. Apesar das diferentes medicinas indígenas ainda estarem vivas em territórios brasileiros, elas carecem de apoio das políticas públicas.
O projeto Sonhação, uma iniciativa conjunta da Fiocruz, Rede Unida e outras instituições, trouxe especialistas da medicina indígena, os pajés, para o Fórum de Medicina Indígena em Manaus. Este evento contou com representantes de vários estados e também da Itália, para discutir o reconhecimento das medicinas indígenas no Sistema Único de Saúde (SUS).
A medicina indígena é vista como uma arte da cura e um sistema de saúde com sua própria formação e tecnologias. O Centro de Medicina Indígena, fundado em 2009, já atendeu mais de 12 mil pessoas, tanto indígenas quanto não indígenas, demonstrando a eficácia desse sistema.
A iniciativa Sonhação promove o intercâmbio entre Brasil e Itália para entender e reconhecer as diferentes práticas de medicina indígena em vários territórios. O cuidado de saúde na medicina indígena é coletivo e não está preso a padrões de gênero, considerando proteção, promoção, prevenção, cura e tratamento de forma igualitária.
O evento destacou a importância de descolonizar, respeitar e reconhecer as práticas de cuidado na Amazônia, enfatizando a necessidade de incluir as medicinas indígenas nas políticas de saúde e educação. A luta do movimento político junto à SESAI visa garantir o espaço de direito e atuação para as medicinas indígenas em todo o país.
Fonte: FIOCRUZ
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