A doença mão-pé-boca, também conhecida pela sigla DMPB, é uma doença causada pelo vírus Coxsackie A16, portanto, uma virose, muito mais comum na infância, antes dos cinco anos, embora seja possível acometer outras faixas etárias. Caracteriza-se por lesões na cavidade oral e erupções de pele nas mãos e pés.
Os sintomas característicos são:
- Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
- Aparecimento de manchas vermelhas na boca, as vezes com bolhas branco-acinzentadas no centro que podem até evoluir para feridinhas, que são muito dolorosas;
- Aparecimento de pequenas bolhas, em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés e, ocasionalmente, nas nádegas e na região genital – geralmente as bolhas nessa região não demoram muito e podem até passar desapercebidas, mas isso pode variar caso a caso.
- Corpo mole, falta de apetite, vômitos e diarreia;
- Dificuldade pra engolir devido às lesões, e excesso de salivação, devido a dor.
A transmissão ocorre pela via fecal/oral, ou seja, através do contato direto entre os indivíduos, ou com as fezes, saliva e outras secreções, direto ou indireto (objetos contaminados, por exemplo). O período de maior transmissão ocorre durante a primeira semana da doença. Entretanto, indivíduos podem permanecer infectantes por semanas após os sintomas desaparecerem.
O diagnóstico em geral é clínico, sem necessidade de exames laboratoriais na maioria das vezes. Porém, é fundamental estabelecer o diagnóstico diferencial com outras doenças que também provocam estomatites aftosas ou vesículas na pele.
Infelizmente ainda não dispomos de vacina contra a enfermidade mão-pé-boca.
A doença comumente não é grave e quase todos os acometidos por ela se recuperam ou pelo menos observam melhora expressiva dos sintomas num prazo de sete dias.
Raramente um indivíduo infectado desenvolve meningite viral e pode necessitar ser hospitalizado por alguns dias. Outras complicações ainda mais raras incluem paralisia similar a poliomielite ou encefalite.
O tratamento consiste em uso de medicamentos sintomáticos e orientações. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, faça ingestão frequente de líquido e alimente-se bem, apesar da dor de garganta.
Recomendações para se prevenir
- Higienização das mãos antes e depois de lidar com a criança doente, ou levá-la ao banheiro. Se ela puder fazer isso sozinha, insista para que adquira e mantenha esse hábito de higiene!
- Uso de máscaras cobrindo nariz e a boca pode prevenir a transmissão do vírus.
- Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas;
- Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos;
- Afastar os indivíduos doentes da escola ou do trabalho até o desaparecimento dos sintomas;
- Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes, com água e sabão e, após, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa);
- Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas;
- Desinfectar frequentemente superfícies e objetos que são manuseados, tais como brinquedos ou maçanetas, especialmente, se alguém estiver doente.
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