Venda de dispositivos médicos cresce 51% em 2024
Profissional da saúde usando dispositivo médico
Profissional da saúde usando dispositivo médico

Venda de dispositivos médicos cresce 51% em 2024

A implementação da isonomia tributária para itens fabricados no Brasil resultou em um expressivo crescimento no setor de dispositivos médicos.

Em maio de 2024, a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) relatou um aumento de 51% nas vendas em comparação ao mesmo período do ano anterior.

EXPANSÃO DE FUNCIONÁRIOS E INVESTIMENTOS

Para atender à nova demanda, 37% das empresas associadas à ABIMO ampliaram seus quadros de funcionários.

Os investimentos também cresceram significativamente, com um aumento de 41%. A produtividade acompanhou essa tendência, registrando um crescimento de 46%.

DESAFIOS COM ESTOQUES E INADIMPLÊNCIA

Apesar do crescimento, o setor enfrenta desafios. Os estoques aumentaram em 39%, refletindo um problema crescente de inadimplência.

Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO, explicou que a inadimplência dos planos de saúde com seus hospitais credenciados tem causado atrasos nos pagamentos.

Esses atrasos impactam negativamente os fornecedores, que veem suas vendas diminuírem devido aos pagamentos postergados.

DIVERSIFICAÇÃO DO SETOR E LOCALIZAÇÃO DAS EMPRESAS

Das empresas participantes da pesquisa, 44% estão no segmento médico-hospitalar, 16% fabricam produtos odontológicos, 15% atuam no ramo de materiais de consumo, 16% se dedicam a implantes e os 9% restantes operam nos segmentos de reabilitação, laboratório e radiologia.

A maior concentração dessas empresas está em São Paulo (74%), com representações significativas também no Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outros estados.

PERSPECTIVAS PARA O FUTURO

A manutenção da isonomia tributária continua a ser um fator crucial para o crescimento do setor.

No entanto, resolver a questão da inadimplência será fundamental para garantir a sustentabilidade desse crescimento e permitir que os investimentos e a produtividade continuem em alta.

Fonte: Saúde Business