Saúde Pública

Vacina Calixcoca: Uma esperança contra a dependência de drogas

Uma inovação no combate a dependência as drogas. A vacina Calixcoca, desenvolvida por pesquisadores da Faculdade de Medicina, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), trás ótimas notícias.

A primeira foi que a prefeitura de São Paulo, anunciou nesta quinta-feira (1° de junho), uma parceria com a UFMG, para o desenvolvimento da vacina contra a cocaína e o craque. Foi determinado apoio irrestrito, tanto técnico como financeiro, para viabilizar e acelerar as próximas fases da vacina, que poderão custar, inicialmente, R$ 4 milhões.

O objetivo dessa parceria é para tratar a dependência em crack e cocaína, e consequentemente reduzir o impacto dessas drogas na capital. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mostram que essas drogas respondem por 11% da dependência química no Brasil. Sendo o segundo maior consumidor das drogas, perdendo somente para os Estados Unidos.

A segunda notícia, é que a vacina é uma das concorrentes no prêmio internacional latino-americano, Euro Inovação na Saúde, que reconhece grandes inovações da área médica e incentiva o desenvolvimento de soluções. Sendo finalista na categoria Inovação Tecnológica Aplicada em Saúde. Os vencedores das categorias concorrem ao prêmio de Grande Destaque.

Para participar da eleição é preciso ser médico e ter registro profissional nos países em que a patrocinadora da premiação tem negócios. A votação vai até 28 de junho. Já o valor total do prêmio é de 1,05 milhão de euros, equivalente a R$ 5,4 milhões, que será dividido entre 12 categorias participantes. Podem votar profissionais de medicina com registro ativo na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru, Equador, México, Colômbia, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Costa Rica, Honduras ou República Dominicana.

O desenvolvedor da vacina, professor do Departamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina e pesquisador responsável, Frederico Duarte Garcia, explica que a vacina induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea. Essa ligação transforma a droga numa molécula grande, que não passa pela barreira hematoencefálica. Mostra também que a vacina pode ter outra utilidade, já que foi observada em testes, que ratas grávidas produziram níveis significativos de anticorpos, impedindo a ação da droga sobre a placenta e o feto, tendo menos complicações obstétricas, maior número de filhotes e maior peso do que as não vacinadas. O projeto já concluiu os testes pré-clínicos e busca financiamento para avançar até a etapa com humanos. Com a concorrência no prêmio internacional e a ajuda da prefeitura de São Paulo, pode ser que haja um avanço maior, já que devido a pandemia, os recursos ficaram limitados para o desenvolvimento de pesquisas universitárias. Agora, um pedido deve ser encaminhado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Romeu Lima

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