Na última quarta-feira (6), o Ministério da Saúde lançou iniciativas de saúde digital destinadas a levar conectividade e serviços de telessaúde aos territórios indígenas de Roraima. A ação ocorreu em uma cerimônia virtual que contou com a participação da ministra Nísia Trindade, que anunciou também a implementação do 14º Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal de Roraima (UFRR), abrangendo mais de 1.400 municípios em todo o Brasil.
Casas de saúde indígena priorizadas
As ações beneficiarão duas casas de saúde indígena locais: Casai Yanomami e Casai Leste. A iniciativa concentrará esforços nas áreas de Saúde da Criança, da Mulher e Saúde Mental, esta última estendendo-se aos servidores públicos de saúde.
A ministra Nísia Trindade ressaltou a importância dessa iniciativa como um marco para o Sistema Único de Saúde (SUS), destacando a relevância de agir no território Yanomami após quase um ano de emergência sanitária.
Expansão para a saúde indígena
Ricardo Weibe, secretário de Saúde Indígena, enfatizou que essa ação representa um avanço significativo ao incorporar a saúde digital na Política Nacional de Saúde Indígena. Ele celebrou a parceria com a Secretaria de Informação e Saúde Digital (SEIDIGI), evidenciando a colaboração para o sucesso da empreitada.
Atendimentos remotos bem-sucedidos
Um destaque do evento foi o atendimento de teleoftalmologia realizado na Casai do Distrito Sanitário de Saúde Indígena (Dsei) Leste Roraima. Uma paciente com glaucoma, servidora do SUS, foi atendida remotamente por especialistas em oftalmologia, que receberam o diagnóstico online no estado de Goiás. Essa abordagem inovadora permite avaliações precisas e orientações de tratamento sem a necessidade de deslocamento. Na Casai do Dsei Yanomami, dois pacientes foram atendidos por meio de teleinterconsulta.
Fortalecimento da atenção básica à saúde
As Casas de Saúde Indígena beneficiadas atendem aproximadamente mil indígenas mensalmente. O serviço de telessaúde visa fortalecer a atenção básica à saúde, reduzindo os deslocamentos da população indígena de suas aldeias para as Casais. A expectativa é aumentar a resolubilidade, a qualidade, a continuidade e humanização do cuidado.
Combate à malária através da telemedicina
Além disso, o Ministério da Saúde está desenvolvendo um projeto de telessaúde voltado para o manejo da malária, uma doença que tem apresentado um aumento alarmante na região nos últimos anos, afetando significativamente a população indígena. O projeto visa apoiar o combate à enfermidade por meio da telemedicina, proporcionando um cuidado mais eficaz e acessível.
Fonte: Ministério da Saúde
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