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O Sistema Único de Saúde (SUS) acaba de dar um importante passo na proteção de recém-nascidos e crianças pequenas.
A Comissão de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) aprovou a inclusão da vacina Abrysvo, desenvolvida pela Pfizer, que protege contra o vírus sincicial respiratório (VSR).
A vacina será oferecida para gestantes, para proteger os bebês desde os primeiros meses de vida.
O QUE É O VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO (VSR)?
O VSR é um dos principais causadores de infecções respiratórias graves em bebês e crianças pequenas.
Ele é responsável por doenças como bronquiolite e pneumonia, que podem levar a internações, complicações graves e até mesmo à morte.
Segundo dados do boletim InfoGripe da Fiocruz, o VSR foi responsável por 59% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças com até 4 anos no final de 2022 e início de 2023.
O vírus é altamente contagioso e se espalha principalmente no outono e inverno, mas recentemente, tem sido observado um aumento de casos fora dessa época, possivelmente devido à maior mobilidade das pessoas após a pandemia de COVID-19.
COMO A VACINA FUNCIONA?
A vacina Abrysvo é administrada em gestantes entre a 24ª e a 36ª semana de gravidez.
Quando a mãe é vacinada, ela produz anticorpos que são transmitidos ao feto, garantindo que o bebê já nasça com proteção contra o VSR.
Os testes realizados pela Pfizer com cerca de 7 mil gestantes mostraram uma eficácia de 82,4% na prevenção de casos graves em bebês de até três meses e de 70% até os seis meses.
IMPACTO NA SAÚDE INFANTIL
A Sociedade Brasileira de Imunizações, destaca que a nova vacina terá um impacto significativo na saúde infantil.
Pode diminuir a necessidade de consultas em emergência, internações, UTI, intubação e também o número de mortes.
Além disso, a vacina pode reduzir os efeitos de longo prazo do VSR, como chiados recorrentes, bronquioespasmos e até o desenvolvimento de asma em crianças.
QUEM PODE SE BENEFICIAR?
A vacina foi aprovada para gestantes, mas também pode ser administrada em idosos.
No entanto, a decisão da Conitec focou na proteção de bebês,, os mais vulneráveis ao VSR.
Além disso, a comissão aprovou a incorporação de outra tecnologia para bebês prematuros: o anticorpo monoclonal nirsevimabe, que oferece proteção imediata contra o vírus.
SINTOMAS E DIAGNÓSTICO DO VSR
Os sintomas do VSR são semelhantes aos de uma gripe ou resfriado, como nariz entupido, tosse, febre baixa e dificuldade respiratória.
Em bebês, os sinais podem ser mais sutis, como irritabilidade, redução do apetite e pausas respiratórias (apneias).
O diagnóstico é clínico, mas exames podem ser realizados para confirmar a presença do vírus.
PREVENÇÃO E CUIDADOS
A prevenção do VSR envolve medidas simples, como lavar as mãos com frequência, evitar aglomerações e manter ambientes ventilados.
Para bebês prematuros ou com condições de saúde específicas, existe a opção de usar o anticorpo monoclonal palivizumabe, que é distribuído gratuitamente pelo SUS.
O FUTURO DA PROTEÇÃO CONTRA O VSR
A aprovação da vacina Abrysvo pelo SUS representa um avanço importante na luta contra o VSR, mas especialistas alertam que a conscientização e a prevenção continuam sendo fundamentais.
“Tudo o que aprendemos na pandemia de COVID-19 é aplicável na prevenção de todos os vírus respiratórios”, ressalta a infectologista Emy Akiyama Gouveia.
O QUE ESPERAR DA NOVA VACINA NO SUS?
A nova vacina contra o VSR é uma esperança para milhares de famílias que temem as complicações do vírus em seus bebês.
Com a incorporação ao SUS, a expectativa é que o número de casos graves e mortes diminua significativamente, trazendo mais segurança e qualidade de vida para as crianças brasileiras.
DETALHES IMPORTANTES SOBRE A VACINA
- EFICÁCIA DA VACINA: 82,4% em bebês de até 3 meses; 70% até 6 meses.
- PÚBLICO-ALVO: Gestantes entre 24 e 36 semanas.
- IMPACTO ESPERADO: Redução de internações, complicações graves e mortes.
- MEDIDAS DE PREVENÇÃO: Higiene das mãos, evitar aglomerações e uso de anticorpos monoclonais para grupos de risco.
Agora, é aguardar a implementação da vacina pelo Ministério da Saúde e o início da vacinação para proteger os bebês brasileiros contra o VSR.
Fontes: Agência Brasil, Vida Saudável e Drazio Varella
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