Ao contrário do que se pensa, pessoas idosas também podem e precisam se manter ativas sexualmente, pois apesar do tabu e preconceito que rodeia esse assunto, o sexo entre pessoas mais velhas é normal, e assim como para os mais novos, para eles também é algo natural e saudável.
A médica geriatra Cristiane Moura comenta que se manter ativo sexualmente é tão importante quanto as atividades essenciais para o nosso corpo. “A prática do sexo na idade adulta é uma necessidade fisiológica como qualquer outra função biológica do ser-humano como dormir ou comer, por exemplo. É importante manter a sexualidade de forma saudável tendo em vista os inúmeros benefícios para saúde física e mental”, explica.
Benefícios
Segundo a especialista, o sexo entre pessoas idosas pode trazer diversos benefícios para a saúde:
- Ajuda no controle do estresse crônico;
- Transtornos de ansiedade e depressão, insônia, dores crônicas;
- Melhora a sensação de bem-estar;
- Contribui imensamente para o relacionamento com o parceiro.
A geriatra pontua que apesar do sexo entre pessoas idosas ser normal, ainda é algo visto com estranheza, e que é necessário falar cada vez para trazer conscientização a respeito do assunto. “Sim, infelizmente com o etarismo e os estigmas sobre o processo de envelhecimento, muitas pessoas acreditam que o sexo não é natural para pessoas idosas e acredito que isso ocorra pela mentalidade equivocada de que envelhecer está associado a adoecer. Desmistificar esse pensamento exige divulgar informações corretas para a população por meio de campanhas educativas que demonstrem que envelhecer de forma ativa e saudável é possível e não impede ninguém de namorar ou fazer sexo”, enfatiza.
Cristiane lembra sobre a importância de pessoas idosas que tem uma vida sexualmente realizarem um acompanhamento com um especialista. “Para manter a saúde em dia e permitir atividade sexual regular e prazerosa recomenda-se o acompanhamento com ginecologista e urologista, além de visitas regulares ao geriatra. As consultas permitem retirar dúvidas, fazer as avaliações necessárias de forma individualizada e lembrar que a prevenção para infecções sexualmente transmissíveis deve sempre ser utilizada”, finaliza.
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