O anúncio do cancelamento da turnê mundial de Justin Bieber levantou novamente o debate sobre saúde mental. Após apresentação no Rock in Rio, o cantor anunciou mais uma parada na carreira para se cuidar.
Justin estaria enfrentando a Síndrome do Esgotamento Profissional, mais conhecido como Burnout, um distúrbio emocional desencadeado pelo estresse crônico no trabalho, exaustão extrema e esgotamento físico. “Depois de sair do palco, a exaustão me consumiu. Eu percebi que preciso fazer da minha saúde a prioridade neste momento. Vou ficar bem, mas preciso de um tempo para descansar e ficar melhor”, afirmou o artista por meio do comunicado publicado no seu perfil do Instagram.
Segundo a última revisão mundial sobre saúde mental divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), desde a virada do século, em 2019, quase um bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental.
O que podemos aprender com Justin Bieber
Para o professor do IDOMED Estácio de Alagoinhas, psicólogo e pós-doutor em Políticas Públicas e Segurança, Moacir de Oliveira, numa sociedade estressante, com importantes agravos psíquicos, por conta da competitividade, exigências de produtividade e ênfase no” parecer ter” ao invés do “ser”, precisamos nos atentar para os cuidados com a saúde mental.
De acordo com o especialista, o estresse é uma condição multissintomatológica que envolve aspectos psicológicos, físicos, sociais e familiares, demandando abordagens terapêuticas interdisciplinares. Ele ainda traz importantes sugestões para a sociedade sobre este sintoma que pode levar ao esgotamento mental. “Há uma grande necessidade de mudança do estilo de vida, busca por alternativas terapêuticas, relaxamento, meditação na perspectiva de combate ao estresse que afeta nossa qualidade de vida física, mental, social e espiritual”, aconselha.
O estresse tem como sintomas alterações do sono e do apetite, oscilações do humor, irritabilidade, ansiedade, angústia, sensação de que não vai conseguir lidar com o que está acontecendo e pensamentos negativistas.
O doutor destaca que todos devem ficar atentos a quaisquer desses gatilhos e, ao identificá-los, procurar ajuda profissional na área de saúde mental, “uma vez que esta doença compromete o desempenho profissional do indivíduo, além de atingir o universo das relações interpessoais e saúde integral da pessoa”,
completou.
*Com informações da assessoria de imprensa
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