Sancionada lei que obriga exame para doença rara em recém-nascidos
Doença Fibrodisplasia Ossificante Progressiva
Doença Fibrodisplasia Ossificante Progressiva

Sancionada lei que obriga exame para doença rara em recém-nascidos

A Lei nº 15.094, que torna obrigatória a realização de exames clínicos para identificar malformações nos dedões dos pés, típicas da Fibrodisplasia Ossificante Progressiva (FOP), em recém-nascidos foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União em 9 de janeiro e inclui o exame como parte das consultas de rotina nas redes pública e privada, com cobertura pelo SUS.

O QUE É FIBRODISPLASIA OSSIFICANTE PROGRESSIVA?

A FOP, também conhecida como Miosite Ossificante Progressiva, é uma doença rara de origem genética, com incidência de um caso a cada dois milhões de pessoas.

A condição leva à formação de ossos extras fora do esqueleto, afetando tendões, músculos e ligamentos, o que limita gravemente os movimentos.

SINAIS E DIAGNÓSTICO PRECOCE

Um dos principais indicadores da FOP é a malformação do dedo grande do pé, presente em quase todos os casos.

Além disso, crianças podem apresentar inchaços e calombos em diferentes partes do corpo, que podem desaparecer ou deixar ossos no local.

O diagnóstico precoce é crucial, e a nova lei busca ampliar a detecção ainda na maternidade, com a possibilidade de encaminhamento para exames genéticos e cuidados especializados.

TRATAMENTOS E CUIDADOS

Embora a FOP não tenha cura, o tratamento multiprofissional e o uso de medicamentos como corticoides ajudam a minimizar os sintomas e inflamações.

O SUS oferece suporte integral aos pacientes, incluindo reabilitação em Centros Especializados.

DESAFIOS DE VIVER COM FOP

A progressão da FOP pode variar amplamente. Traumas, como quedas e injeções, agravam a doença, reforçando a importância de cuidados específicos.

Com suporte adequado, muitos pacientes conseguem levar uma vida relativamente normal, mesmo enfrentando limitações físicas.

ESPERANÇAS PARA O FUTURO

A especialista dra. Patrícia Delai ressalta a importância de políticas públicas e informação para melhorar o diagnóstico e tratamento da doença.

Projetos de lei em tramitação, como a inclusão de perguntas sobre malformações no check-list neonatal, trazem esperança para pacientes e familiares.

A INFORMAÇÃO COMO ALIADA

A conscientização sobre a FOP é fundamental para evitar procedimentos inadequados e garantir qualidade de vida aos pacientes.

Com mais conhecimento, é possível identificar a doença precocemente e oferecer o suporte necessário desde os primeiros anos de vida.

Fonte: Ministério da Saúde e Drauzio Varella