O nome pterígio vem da palavra grega ‘pterygos’, que significa asa. É uma proliferação fibrovascular de um tecido anômalo que cresce na região da conjuntiva dos olhos. Geralmente, ele se conjuctura numa formação triangular da base nasal, ou seja, com início no cantinho dos olhos, perto do nariz, em direção ao centro, na pupila.
Os principais sintomas do pterígio são ardência, vermelhidão, coceira, sensação de corpo estranho, fotofobia, lacrimejamento e incômodo na presença de muita luz solar.
Não existe uma causa definida para o pterígio, mas se sabe que o principal fator de risco é a exposição aos raios solares. No entanto, nos perguntamos: por que algumas algumas pessoas são expostas à luz do sol e não apresentam o pterígio de maneira tão evidente e por que outras com exposição mínima à luz solar apresentam pterígio? Ou por que um pterígio cresce tanto e outro cresce menos? Somente os estudos científicos podem nos responder.
O diagnóstico é feito durante a consulta oftalmológica. É realizado um exame de biomicroscopia em um equipamento chamado lâmpada de fenda para que possamos identificar o pterígio.
Por conta dessa exposição à luz solar, provavelmente, o público jovem é o mais propenso ao desenvolvimento do pterígio. Além disso, a incidência é muito mais frequente em pessoas que trabalham expostas ao sol, em ambiente abertos, na região dos trópicos, moradores da regiões norte e nordeste do Brasil, de regiões tropicais, do que em pessoas que vivem países frios. Não se vê tantos casos de pterígio em países europeus como na região norte do Brasil, por exemplo.
A única forma de tratamento para o pterígio é através de procedimento cirúrgico. Quando está em um tamanho muito pequeno, é chamado de pinguécula, que é como se fosse pré-pterígio. No procedimento, se retira a cabeça e a cauda das regiões do pterígio. Como há grande chance de recidiva, é preciso que seja feito um bloqueio mecânico para que ele não surja novamente. Nesse caso, podem ser feitos procedimentos como o transplante conjuntival ou um retalho conjuntival.
O transplante conjutival é considerado uma técnica moderna de cura para o pterígio e pode ser feito com o uso de cola biológica, que é um mecanismo em que não é necessário ser feito ‘pontos’ nos olhos, tornando as chances de recidiva do pterígio extremamente baixas.
A única forma de prevenção, até o momento, é contra o seu principal fator de risco: a exposição à luz solar. A principal recomendação é usar óculos com proteção UVA e UVB.
*Por Igor Parente, médico oftalmologista
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