Outubro Rosa: o que realmente salva vidas? - FRONT SAÚDE

Outubro Rosa: o que realmente salva vidas?

A ferramente chave para a recuperação da doença pode estar atrelada a fé e a realização de atividades que dão o prazer em viver
Foto: Gabrielle Nogueira

Outubro é o mês dedicado à prevenção e ao diagnóstico precoce do câncer de mama.Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil. São estimados 73 mil novos casos este ano. Entre 2020 e 2023, houve redução da mortalidade entre mulheres na faixa entre 40 e 49 anos.

De acordo com o relatório, a doença é mais incidente na região Sudeste, e Santa Catarina, no Sul, registra a maior taxa entre as unidades da federação.
O diagnóstico e a prevenção da doença são feitos por meio da mamografia.

Em 2024, segundo dados do Inca e do Ministério da Saúde, foram realizados cerca de 4 milhões de exames no Brasil — 3,6 milhões de rastreamento e 376,7 mil diagnósticos.

Para Maria Rita receber o diagnóstico foi um momento difícil e delicado. “Aquilo pra mim é como se o mundo tivesse acabado, porque eu jamais imaginei que teria câncer de mama”.

Durante o tratamento, ela encontrou na filha, a maior fonte de força e inspiração — seu anjo. “Em primeiro lugar quem estar comigo é Deus, até porque sem ele a gente não tem, não realiza, mas existe um grande anjo na minha vida que me acompanha, inclusive ela me acompanhou em todos sessoões de radioterapia, é a minha filha, a Ritielly Santos.”

Maria Rita ao lado da filha Ritielly Santos

AUTOESTIMA

A sua autoestima também foi afetada durante a fase de tratamento, segundo ela, a pele, unhas e cabelos foram as partes que mais tiveram efeitos colaterais durante a fase de quimioterapia.

“Baixa a autoestima, o que eu posso dizer, é que tem que ter muita energia e muita força para conseguir manter a autoestima lá em cima.”

Apesar dos desafios enfrentados, ela nunca deixou de ser feliz e de realizar hobbies que dão o prazer em viver, ferramenta chave para a recuperação do tratamento contra a doença. Maria Rita segue atualmente em fase de acompanhamento, e hoje dá dicas para quem está passando pelo tratamento contra a doença.

“Que ela não deixe de fazer o exame de toque e o de mamografia, porque se ela faz no início tem cura. E se o resultado der positivo, que ela não fique triste, porque se a porta abre do hospital pra ela, aí é o início da cura dela.”

“Hoje eu sou artesã, faço caminhada pela oncológica, danço carimbó, faço musculação. Sou uma mulher feliz e vivo todos os dias da minha vida”.

Arquivo pessoal: Maria Rita

A principal diferença entre entre os dois exames, é que o de toque ou (autoexame das mamas) é uma forma de autoverificação manual para identificar alterações visíveis ou palpáveis. Enquanto a mamografia é um exame de imagem, feito com raios-X, capaz de detectar mudanças que ainda não podem ser sentidas ao toque.

Gabrielle Nogueira | Front Saúde