A Organização Mundial da Saúde (OMS), realizou o lançamento em Genebra, às vésperas da 76ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), da Rede Internacional de Vigilância de Patógeno, conhecida em inglês como IPSN.
Essa rede global, que visa prevenir doenças infecciosas, será baseada na genômica de patógenos, analisando o código genético de vírus, bactérias e outros organismos causadores de doenças. O objetivo é compreender a natureza das infecções, sua gravidade e a forma como se propagam.
OMS acredita que essa abordagem possibilitará a melhoria dos sistemas de coleta de amostras, utilizando dados que contribuam para a formulação de políticas e processos de decisão, além de promover o compartilhamento amplo de informações.
Assim, os cientistas e os encarregados de saúde pública poderão identificar e rastrear as doenças para prevenir e responder a surtos como parte de um sistema mais abrangente de vigilância, além de desenvolver tratamentos e vacinas.
“Permanece a ameaça do surgimento de outra variante que causa novos surtos de doenças e mortes. E a ameaça de outro patógeno emergente com potencial ainda mais mortal permanece. E as pandemias estão longe de ser a única ameaça que enfrentamos. Em um mundo de crises sobrepostas e convergentes, uma arquitetura eficaz para preparação e resposta a emergências de saúde deve abordar emergências de todos os tipos”, afirmou Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), compôs o fórum de lideranças da iniciativa e pretende colocar sua capacidade e seu expertise a serviço da rede. Isso após o seu desempenho na resposta do sistema de saúde brasileiro à pandemia.
Exemplos como as entregas de kits diagnóstico, as criações da Rede Genômica, do Biobanco Covid-19 e do Observatório Covid-19 Fiocruz, a transferência de tecnologia para a produção de uma vacina nacional de Covid-19 e a escolha da Fiocruz pela Opas/OMS para ser um dos dois polos de desenvolvimento e produção de vacinas com tecnologia mRNA na América Latina.
O IPSN, de início receberá recursos das instituições filantrópicas Rockefeller Foundation e Wellcome Trust e também do governo alemão, mas buscará ampliar seus investimentos com a adesão de mais financiadores.
A OMS acredita que a Rede Global deve ajudar a combater os desafios de epidemias e pandemias, interligando sistemas de saúde em várias partes do mundo, construindo um sistema de cooperação para melhor responder a essas ameaças.
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