
A gravidez na adolescência não é apenas uma questão de saúde, mas um reflexo de desigualdades profundas que afetam milhões de meninas em todo o mundo.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa é a principal causa de morte entre jovens de 15 a 19 anos, com mais de 21 milhões de casos anuais em países de baixa e média renda.
CASAMENTO INFANTIL E FALTA DE EDUCAÇÃO: AS RAÍZES DO PROBLEMA
Nove em cada dez partos de adolescentes ocorrem entre meninas que se casaram antes dos 18 anos.
O casamento infantil não só rouba a infância dessas jovens, mas também as coloca em risco de complicações graves na gravidez e no parto.
A educação surge como uma das principais soluções: se todas as meninas concluíssem o ensino médio, os casamentos precoces poderiam cair em até 66%.
OS RISCOS PARA A SAÚDE E O FUTURO DAS MENINAS
Gravidezes precoces trazem sérios riscos, como partos prematuros, infecções e até mortes evitáveis.
Além disso, muitas jovens são forçadas a abandonar a escola, limitando suas oportunidades de emprego e perpetuando ciclos de pobreza.
A OMS destaca que metade dessas gestações não são planejadas, muitas vezes resultando de falta de acesso a informações e métodos contraceptivos.
COMO MUDAR ESSA REALIDADE?
A OMS recomenda ações urgentes, como:
- Leis mais rígidas para proibir o casamento antes dos 18 anos;
- Incentivos à educação, como bolsas de estudo para meninas em risco;
- Acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva, incluindo contraceptivos e aborto seguro;
- Educação sexual abrangente para meninos e meninas, ensinando sobre consentimento e direitos.
PROGRESSO GLOBAL, MAS DESAFIOS PERSISTEM
Houve avanços: em 2021, 1 em cada 25 meninas teve filhos antes dos 20 anos, contra 1 em cada 15 há duas décadas.
No entanto, em alguns países, quase 10% das adolescentes ainda se tornam mães a cada ano.
A luta contra a gravidez precoce exige compromisso global para garantir que todas as jovens tenham direito a educação, saúde e um futuro digno.
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